O dólar teve ganhos ante o euro e o iene, embora sem muito ímpeto, nesta quinta-feira. Ante o peso mexicano, porém, a moeda dos EUA recuou, após a divisa do México ser apoiada pela mensagem do governo americano de que não considera a retirada do Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês).
No fim da tarde em Nova Iorque, o dólar subia a 111,20 ienes e o euro recuava a US$ 1,0879.
O dólar não teve muita força, depois de alguns dados mistos. Os novos pedidos de auxílio-desemprego aumentaram 14 mil na última semana, para 257 mil, ante previsão de 245 mil dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. As vendas pendentes de imóveis caíram 0,8% em março ante fevereiro, quando a expectativa era de -1,0%, e as encomendas de bens duráveis subiram 0,7% na mesma comparação, abaixo do +1,3% esperado.
Na quarta-feira, o peso mexicano e o dólar canadense recuaram, após os relatos de que o governo do presidente americano, Donald Trump, estaria debatendo a ameaça formal de se retirar do Nafta. Após telefonemas com os líderes de México e Canadá na noite de quarta-feira, a Casa Branca emitiu comunicado no qual diz que não considera mais a retirada do pacto de 23 anos, concentrando-se em vez disso em renegociá-lo.
"Nós ainda acreditamos que as preocupações com o protecionismo são exageradas, já que o presidente Trump no fim das contas valoriza sobretudo o crescimento econômico", escreveu um analista para uma nota de pesquisa do Goldman Sachs.
O euro, por sua vez, caiu ante o dólar após oscilar, de olho na última reunião do Banco Central Europeu (BCE). A instituição decidiu manter a política monetária e o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que as ameaças à recuperação da zona do euro têm diminuído, embora ainda existam poucos sinais de que a inflação atingirá a meta de quase 2%.
O iene teve leve baixa após o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) reduzir as especulações em sua decisão desta madrugada de que poderia elevar os juros. O BC ofereceu uma avaliação otimista sobre a economia, mas reduziu sua projeção de inflação, indicando que não haverá um aperto monetário em breve no país.