A Emirates Airline, maior companhia aérea do mundo em tráfego internacional, cortou voos para cinco cidades dos Estados Unidos, após medidas do governo do presidente Donald Trump afetarem as reservas de países do Oriente Médio. A ação da companhia sediada em Dubai é o sinal mais claro do impacto dos esforços de Trump para controlar a imigração de vários países de maioria muçulmana e limitar o uso de aparelhos eletrônicos em voo.
"Ao longo dos próximos três meses, temos visto uma deterioração significativa no perfil de reservas em todas nossas rotas nos EUA, em todos os segmentos de viagem", disse a companhia aérea, ao justificar o ajuste.
Os EUA proibiram passageiros de levar grandes dispositivos eletrônicos, como laptops e tablets, como bagagem de mão em voos vindos de vários países do Oriente Médio, incluindo os Emirados Árabes.
A redução nos voos começa em maio, segundo nota da Emirates a parceiros de negócios obtida pelo Wall Street Journal.
Os voos da companhia de Dubai para Fort Lauderdale e Orlando deixarão de ser diários e ocorrerão cinco vezes por semana em maio. No início de junho, a companhia planeja reduzir voos para Seattle e Boston para uma frequência de uma vez por dia, das duas operações diárias atuais, e em julho deve ocorrer redução similar a esta última em Los Angeles.
A companhia também disse que continuará a servir seus 12 destinos nos EUA e que esperava retomar e aumentar suas operações no país assim que possível.