Não faz muito, os robôs trabalhavam isolados na fábrica, dentro de um cercado, porque eram vistos como perigo para as pessoas. E quando era necessário chegar perto, ele era parado. Agora, os robôs trabalham lado a lado das pessoas, cada um com sua atribuição. São, portanto, seguros. Mesmo assim, continuam preocupando, sobretudo as empresas de segurança, como a Pilz, alemã (com filial no Brasil), que faz demonstrações na Feira de Hannover, trocando a grade física por virtual em torno da mesa sob a vista de olho eletrônico acima dele, como ocorre hoje na fábrica. E quando alguém avança sobre a grade, o robô reduz a velocidade, e para totalmente quando é tocado.
Os humanos e robôs
Este relacionamento amigável entre humanos e robôs que acontece na indústria vêm evoluindo hoje, já orientado por normas internacionais de segurança. Há robôs no outro extremo, vivendo intensamente de interação, os domésticos. E sem maiores riscos.
Real e virtual juntos
Os mundos real e virtual andam cada vez mais juntos, e com vantagens para indústria, na qual o real se espelha no virtual. Isso ajuda a desenvolver o produto conforme a vontade do cliente e permite interagir com ele, evitando problemas antes de acontecerem, explicou aqui na feira o diretor da Microsoft Erwin Visser.
Classificar e descrever
Classificar e descrever produtos - este é o objetivo da eClass, uma associação da indústria química alemã (Bayer e Basf) com a SAP, com atualização permanente, independente de setores e empesas. Ela já tem 41.500 classes.
O encontro na Fiergs
A Câmara Brasil-Alemanha do RS enviou à Feira de Hannover seu diretor executivo adjunto, Dietmar Sukop, para fazer um corpo a corpo junto às representações estaduais na divulgação do Encontro Econômico Brasil Alemanha, em novembro, na Fiergs. Ele já falou com quatro e mira mais duas.
O sobrepreço da Lava Jato
A atual política comercial da Petrobras de privilegiar os preços na escolha de seus fornecedores, independentemente do mercado, se interno ou externo, colide com os anseios e metas da Fiergs, expressa pela voz de seu atual vice-presidente e futuro presidente, a partir de julho, Giberto Porcello Petry, na Feira de Hannover. A entidade tinha fixado uma meta de fornecimento da indústria gaúcha para a estatal, que agora não poderá ser cumprida: 10%. Petry lembra que a Noruega desenvolveu sua indústria desta maneira, priorizando conteúdo local. Mas ele compreende a mudança: é o sobrepreço pago pelos prejuízos sofridos. E escancarados pela Lava Jato.