Placar da tercerização leva dólar a ter alta de 1,33%

O dólar à vista no balcão fechou a sessão desta quinta-feira com alta de 1,33%, a R$ 3,1359. O giro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa foi de US$ 1,566 bilhão.

Segundo analistas, o câmbio foi influenciado por fatores internos e externos. No campo doméstico, o placar apertado do governo na votação, na Câmara dos Deputados, do projeto que regulamenta a terceirização colocou em dúvida a aprovação da reforma da Previdência e o andamento do ajuste fiscal.

No cenário externo, as resistências que o presidente dos EUA, Donald Trump, tem enfrentado no Congresso para aprovar a mudança no sistema de saúde preocupam investidores. No fim da tarde, foi informado que a votação pode ser realizada nesta sexta-feira. Esse é considerado um teste para o poder de Trump e uma precondição para que possa cumprir promessas como reduzir impostos, elevar gastos em infraestrutura e diminuir a regulamentação.

 

A indefinição deu o tom dos negócios na bolsa nesta quinta-feira. A Bovespa alternou sinais ao longo de todo o pregão, com as atenções dos investidores divididas entre incertezas dos cenários interno e externo.

Durante a manhã desta quinta-feira, o desconforto com questões relacionadas ao ajuste fiscal contribuiu para levar o Índice Bovespa a cair mais de 1%. À tarde, uma pequena melhora no mercado externo favoreceu uma elevação de até 0,66%. Ao final dos negócios, o Ibovespa acabou fechando estável ( 0,01%), aos 63.530 pontos.

A alta de 1,7% dos preços do minério de ferro não foi suficiente para sustentar as ações da Vale, que não conseguiram recuperar o tombo de 8% da última terça-feira. Vale ON e PN terminaram o dia em quedas de 0,54% (ON) e 1,00% (PNA), refletindo a cautela do investidor com o cenário doméstico menos favorável.

As ações da Petrobras oscilaram ao sabor de influências positivas e negativas e, com isso, alternaram sinais durante todo o dia. Ao final da sessão, os papéis da estatal petrolífera fecharam com perdas de 0,07% (ON) e 0,66% (PN).