O rating da Petrobras pode ter nova melhora se a empresa acelerar seu processo de desalavancagem, afirmou nesta quarta-feira, a diretora da S&P Global Ratings, Regina Nunes. A nota de crédito da petroleira foi elevada recentemente pela agência de classificação de risco, mas ainda está abaixo do rating soberano do Brasil, o que abre espaço para elevações.
O rating da petroleira vinha sendo pressionado por uma série de pontos, como o elevado endividamento, capacidade de captação de recursos, liquidez e preços do petróleo, disse a diretora da S&P em sua palestra na abertura de evento, destacando que estas questões estão mais coordenadas com a nova administração da empresa.
Além de resolver a questão do endividamento, outro fator que pode melhorar a nota da Petrobras seria uma elevação do próprio rating do Brasil. "A empresa tem realmente espaço de crescimento (no rating) ou pela própria desalavancagem ou mudança no soberano. Se houver mudança para baixo no rating soberano, este espaço se extingue", disse Regina Nunes.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou na terça-feira ao comentar o balanço da empresa, que pela primeira vez "depois de muito tempo" a dívida da empresa ficou abaixo de US$ 100 bilhões. A companhia encerrou 2016 com dívida bruta de R$ 314 bilhões, queda de 20% em relação a 2015.