O dólar recuou de forma generalizada, nesta quinta-feira, pressionado por dados decepcionantes da economia americana e pela falta de clareza do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sobre o ritmo das elevações de juros neste ano.
No fim da tarde em Nova Iorque, o dólar caiu para 112,73 ienes de 113,06 ienes na tarde de ontem; o euro subiu para US$ 1,0584, de US$ 1,0573 e a libra avançou para US$ 1,2549, de US$ 1,2461.
A divisa norte-americana reagiu a uma leve piora em indicadores norte-americanos como os pedidos de auxílio-desemprego e o índice de atividade nacional elaborado pelo Fed de Chicago, bem como comentários feitos pelo secretário do Tesouro de Donald Trump.
Em sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo, Steven Mnuchin afirmou que pretende completar a reforma tributária até o recesso de agosto do Congresso, mas não deu detalhes do plano, o que desagradou participantes de mercado. Em entrevista à rede de notícias CNBC, Mnuchin também ponderou que os juros devem se manter em patamares historicamente baixos por um longo tempo e que o governo trabalha para atingir um crescimento de 3,0% ao ano, mas que isso não deve acontecer antes do fim de 2018.
Além disso, embora o Fed tenha sinalizado que um aperto monetário está muito próximo nos EUA, alguns investidores sentiram falta de uma maior contundência da autoridade sobre quando a próxima elevação deve acontecer. Juros maiores tendem a fortalecer o dólar uma vez que a moeda fica mais atrativa para investidores em busca de rendimentos.