Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 11,528 bilhões em janeiro, informou nesta sexta-feira, 17, o Banco Central. O resultado ficou acima das estimativas, que iam de US$ 8,4 bilhões a US$ 11,0 bilhões, com mediana de US$ 9,2 bilhões.
Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de janeiro indicaria entrada de US$ 9,0 bilhões. A estimativa da autarquia foi feita com base nos números até 20 de janeiro, quando o País havia registrado entrada de US$ 7,8 bilhões em recursos externos pela conta do IDP. A estimativa do BC para 2017 é de US$ 75,0 bilhões de IDP.
No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 85,001 bilhões, o que representa 4,66% do Produto Interno Bruto (PIB). O montante é mais que suficiente para cobrir a necessidade de financiamento externo do período, que somou US$ 61,201 bilhões (3,35% do PIB) nos 12 meses até janeiro de 2017.
O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 962,0 milhões em janeiro, informou o Banco Central. Em igual mês do ano anterior, o resultado havia sido positivo em US$ 4 milhões. Pelos cálculos do BC, os investidores estrangeiros deixarão saldo positivo de US$ 10,0 bilhões em ações este ano no País.
Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou positivo em US$ 502,0 milhões em janeiro. No mesmo mês do ano anterior, havia ficado negativo em US$ 1,193 bilhão. Para 2017, a estimativa do BC é de saldo negativo de US$ 10,0 bilhões na renda fixa.
O Banco Central informou também que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 112% em janeiro. Com número superior a 100%, o indicador mostra que houve captação de valor mais que suficiente para renovar compromissos das empresas no período. O resultado ficou bem acima do verificado em janeiro do ano passado, quando a taxa havia sido de 17%.
De acordo com os números apresentados nesta sexta pelo BC, a rolagem do crédito externo foi liderada pelos empréstimos diretos, cujo indicador de renovação ficou em 135% no mês passado ante 16% de janeiro do ano anterior. Já com os títulos de longo prazo, antes chamados de "bônus, notes e commercial papers", a taxa de rolagem ficou em apenas 9% em janeiro. Em igual mês de 2016 havia sido de 26%.
O BC costuma trabalhar com previsão de taxa de rolagem de 100% em todos os anos, mas para 2017 sua estimativa é de 80%.