O dólar fechou em viés de queda nesta segunda-feira (13). No mercado à vista, a divisa norte-americana recuou 0,02%, cotado aos R$ 3,1106, não muito distante da mínima de R$ 3,1091 (-0,07%). Na outra ponta, a máxima foi registrada em R$ 3,1235 (+0,40%) durante o período matutino. O volume de negócios somou US$ 706,737 milhões.
Já o dólar futuro para março encerrou em queda de 0,02%, aos R$ 3,1235, com mínima em R$ 3,1190 (-0,16%) e máxima em R$ 3,1350 (+0,35%). O ativo movimentou US$ 9,092 bilhões.
Ao longo do período vespertino, a desaceleração da alta no exterior abriu caminho para entrada pontual de recursos no País e venda de exportadores no mercado doméstico, de acordo com especialistas consultados. Apesar da mudança de sinal, as variações da divisa norte-americana ficaram contidas a margens estreitas enquanto os investidores aguardavam sinalização do Banco Central sobre o próximo vencimento de contratos de swap cambial.
Depois do fechamento, a instituição anunciou, por meio de comunicado, que fará nesta terça-feira (14) leilão de até 6.000 contratos de swap cambial tradicional (US$ 300 milhões). A operação, cujo efeito é equivalente à venda de dólares no mercado futuro, ocorrerá das 11h30 às 11h40. A data de início dos contratos é 1º de março de 2017 e a oferta abrange dois vencimentos: 1º de junho de 2017 e 3 de julho de 2017.
Mais cedo, o viés positivo do dólar foi sustentado pelo exterior. Entre os pontos de atenção do mercado, estão os depoimentos da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, no Congresso. Amanhã, a dirigente depõe ao Senado e, no dia seguinte, apresenta-se à Câmara. Yellen não indicará um algum encontro específico para elevar juros, mas deve reiterar o compromisso de normalizar gradualmente a política monetária, disseram analistas do Brown Brothers Harriman (BBH).
Outro fator que contribuiu para sustentar a moeda foi o recuo dos preços de petróleo diante de sinais de aumento na produção da commodity nos Estados Unidos. Em paralelo, seguiu o compasso de espera por novas informações do presidente Donald Trump a respeito de suas propostas para reforma tributária e estímulo fiscal. Nesta segunda-feira, o republicano participou de uma coletiva de imprensa ao lado do presidente do premiê canadense, Justin Trudeau, e ressaltou a intenção de construir "pontes de cooperação" e comércio entre as duas nações, mas a reação nos mercados foi mínima.