O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) disse em nota que, apesar de sempre ter defendido o conteúdo local, os fatos mostram que as normas atuais são complexas e desestimularam investimentos.
Na visão do instituto, as regras vigentes geraram uma indústria de multas, projetos que não foram adiante e reservas de mercado. O governo quer definir na quinta-feira, 9, a política de conteúdo local que será usada em dois leilões de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural que acontecerão neste ano.
"Defendemos regras simplificadas e um índice global, capaz de atrair investimentos em um cenário bastante competitivo e fomentar, dessa forma, a cadeia de fornecedores buscando sempre desenvolver sua competitividade internacional para que as atividades sejam sustentáveis no longo prazo", disse o IBP em nota.
A entidade diz ainda que todos os principais fornecedores globais do setor de petróleo se instalaram no Brasil "muito antes" da regra de conteúdo local. "Vieram porque havia projetos e demanda em contratos que não possuem as atuais regras defendidas por alguns segmentos", acrescentou.
Segundo o IBP, das 20 descobertas de óleo ocorridas em contratos sob as regras mais recentes, de 2005, somente uma está recebendo algum investimento. "O resto está paralisado", informou.