As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam em alta nesta terça-feira (7), com o índice Nasdaq registrando recorde de fechamento, mas os ganhos foram limitados pelo recuo do petróleo, que atingiu o setor energético em Wall Street.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,19%, aos 20.090,29 pontos, após registrar recorde de pontuação no intraday; o S&P 500 ficou praticamente estável, com ganho de 0,02%, aos 2.293,08 pontos; e o Nasdaq ganhou 0,19%, encerrando aos 5.674,22 pontos
As bolsas abriram com avanços, na esteira da notícia de que o déficit na balança comercial americana recuou 3,2% entre novembro e dezembro, chegando a US$ 44,26 bilhões, segundo o Departamento do Comércio do país. A baixa foi maior do que a prevista por economistas consultados pelo Wall Street Journal, que estimavam déficit de US$ 44,7 bilhões.
No entanto, as petroleiras sentiram o efeito da queda dos contratos do combustível fóssil em ambos os lados do Atlântico, em meio a preocupações de que as diretrizes de Trump para estimular a produção de petróleo de xisto em seu país acabe invalidando os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para cortar a produção do cartel e equilibrar os preços.
Especialistas americanos disseram hoje que esperam que a produção da matéria-prima no país aumente 100 mil barris por dia em 2017, dos 8,9 milhões de barris por dia registrados no ano passado.
Em seu relatório mensal sobre a perspectiva no setor energético, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) disse esperar que o Brent fique em média em US$ 55 o barril em 2017, com o WTI em média US$ 1 mais barato. Como resultado, a ExxonMobil viu seus papéis recuarem 0,65% e a Chevron perdeu 1,41%.
Também no terreno negativo, as ações da General Motors despencaram 4,70% após a companhia afirmar que o lucro líquido do quarto trimestre veio 71% menor que o ganho de US$ 6,27 bilhões obtido em igual período do ano anterior, para US$ 1,8 bilhão.
Além disso, a Statoil perdeu 5,17%. A petrolífera norueguesa reportou hoje um prejuízo líquido de US$ 2,79 bilhões no quarto trimestre de 2016, bem maior que a perda de US$ 1,13 bilhão registrada no mesmo período do ano anterior. O resultado frustrou analistas, que previam lucro de US$ 564 milhões no último trimestre.