O dólar avançou ante os principais rivais nesta terça-feira (7), impulsionado pela incerteza política na Europa e após dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) indicarem que pode haver um aumento nas taxas de juros dos Estados Unidos nos próximos meses.
No fim da tarde em Nova Iorque, o dólar subia de 111,69 ienes na tarde de ontem para 112,30 ienes; e o euro caía de US$ 1,0755 para US$ 1,0693. Em movimento contrário, a libra subia de US$ 1,2470 para US$ 1,2513.
Analistas atribuíram a alta do dólar a comentários de dirigentes do Federal Reserve que indicaram que pode haver uma elevação nos juros nos próximos meses. Taxas mais altas normalmente dão suporte ao dólar, tornando os ativos dos EUA mais atraentes para investidores.
Na segunda-feira, o presidente da unidade de Filadélfia do Fed, Patrick Harker, disse que poderia apoiar o aumento das taxas de juros já na reunião de março. As observações de Harker fazem eco aos comentários do Fed de San Francisco, John Williams, feitos na semana passada.
"Os comentários forneceram um apoio mais amplo ao dólar, após um período de fraqueza material motivado pelo risco político", disseram analistas do Scotiabank, em nota.
Além disso, tensões geopolíticas na Europa fizeram com que o euro perdesse força frente ao dólar. Pesaram sobre a moeda única incertezas em relação às próximas eleições na França. O escândalo envolvendo o candidato conservador à presidência, François Fillon, enfraqueceu sua nomeação e fortaleceu o nome de Marine Le Pen, da extrema-direita, que disse que irá retirar a França da zona do euro caso eleita.