O cenário internacional negativo, com queda de commodities e das bolsas da Europa e Estados Unidos, pesou nesta segunda-feira )6), sobre a Bovespa, que fechou em queda de 1,48%, com o Índice Bovespa aos 63.992,93 pontos. O volume de negócios totalizou R$ 6,328 bilhões, abaixo da média dos primeiros dias de fevereiro.
Lá fora, a tensão com o viés protecionista da gestão de Donald Trump se somou à apreensão com a Europa, com destaque à França, onde a candidata à presidência pela extrema-direita, Marine Le Pen, defendeu a criação de uma moeda francesa e de políticas anti-imigração e antiglobalização. Com isso, houve quedas generalizadas nas bolsas da Europa e dos Estados Unidos, que refletiram nos negócios no Brasil.
Por outro lado, o cenário doméstico foi apontado como fator essencialmente positivo, principalmente depois que o governo Michel Temer viu eleitos dois importantes aliados nas presidências da Câmara e do Senado. A estabilidade do dólar frente ao real ao longo do dia foi ainda outro fator de tranquilidade apontado por profissionais de renda variável.
Nesse cenário de correções, o desempenho das commodities no mercado internacional teve papel fundamental. O minério de ferro com 62% de pureza negociado no mercado à vista chinês teve queda de 2,2%, a US$ 80,2 a tonelada seca. As ações da Vale chegaram a esboçar uma alta pela manhã, acompanhando suas pares no exterior, mas acabaram por sucumbir às quedas, que se acentuaram à tarde. Já as ações da Petrobras terminaram o dia em baixa de 2,26% (ON) e de 2,48% (PN), acompanhando as fortes perdas do barril do petróleo nas bolsas de Nova York e Londres.
Entre as ações que compõem a carteira teórica do Ibovespa, as maiores quedas foram de Cemig ON (-4,85%) e Localiza ON (-3,95%) As altas mais significativas ficaram com Multiplan ON (+1,97%) e Rumo Logística ON (+1,94%). Com o resultado de hoje o Ibovespa passa a contabilizar baixa de 1,05% em fevereiro e alta de 6,25% em 2017.