A Nestlé anunciou um investimento de R$ 270 milhões em uma nova fábrica de Purina, em Ribeirão Preto (SP), que vai produzir alimentos úmidos para cães e gatos. A cidade já abriga uma fábrica de Nestlé Purina para produção de toda a linha seca. A empresa agora investe na produção de alimentos úmidos, com a expectativa de dobrar o consumo desse tipo de ração para cães e gatos no país. Segundo a Nestlé, a nova unidade vai gerar aproximadamente 80 novos postos diretos de trabalho – sendo quase metade do quadro formado por mulheres – e outros 400 indiretos.
Esta será a primeira fábrica de Nestlé Purina na América Latina a contar com tecnologia exclusiva no processo de texturização das rações úmidas – que possibilita preservar pedaços semelhantes ao da carne, conferindo maior naturalidade ao produto. A nova unidade fabril ocupa uma área de 8 mil m² e inicia as operações com todas as linhas de alimento úmido (Friskies, Cat Chow e Dog Chow) com capacidade para atender o mercado interno e externo.
As rações úmidas somam-se à linha seca de Nestlé Purina, com sete marcas para cães e cinco para gatos, além de biscoitos e petiscos já produzidos no Brasil. De acordo com estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET), o setor tem potencial de crescer 10% ao ano no Brasil, país que detém a segunda maior população de pets do mundo (mais de 100 milhões de cães e gatos).
Em visita ao Brasil para anunciar o investimento, o vice- presidente global da companhia e chefe das operações da Nestlé no continente americano, Laurent Freixe, disse estar otimista em relação à retomada da economia brasileira, mas realista de que vai levar alguma tempo. O executivo diz acreditar que 2017 será melhor que o ano passado.
"Após dois anos de recessão no Brasil, alta na inflação e impacto no crescimento, estamos vendo estabilização na economia e alguma melhora na confiança do consumidor, estabilização na moeda e na inflação", disse Freixe.
O diretor-presidente da Nestlé Purina no Brasil, Anderson Duarte, afirmou que a categoria de alimentos úmidos para animais de estimação ainda tem baixa penetração no mercado brasileiro e, portanto, muito espaço para crescer, embora a crise tenha reduzido as taxas de crescimento neste setor nos últimos anos.
De acordo com a Nestlé, o Brasil é o quarto maior mercado da marca no mundo, atrás apenas de Estados Unidos, China e França.