O Banco do Brasil vai divulgar até o término da primeira quinzena de fevereiro as condições de parcelamento automático do crédito rotativo, cujo uso foi limitado a no máximo 30 dias, conforme regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN), informou a instituição.
Os prazos e o valor mensal das parcelas serão, de acordo com o banco, adequados à capacidade de pagamento de cada devedor, possibilitando que o alongamento da dívida não inviabilize o consumo futuro.
"O mercado de crédito tem, sem dúvida, contribuição importante para a retomada do crescimento do País. A medida do CMN contribui para reequilibrar o orçamento das famílias brasileiras, fazendo com que elas possam voltar a consumir", avalia Paulo Caffarelli, presidente do BB, em nota.
O executivo destaca ainda que a recuperação do consumo é "condição essencial" para que as empresas ampliem a produção e o Brasil volte a crescer.
Os bancos têm até 3 de abril para se adaptar às novas regras do crédito rotativo, que exige que a dívida no rotativo em aberto há mais de 30 dias seja transformada automaticamente em crédito parcelado, com juros menores. Ficará a cargo da instituição a migração de uma modalidade para a outra.
O vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Marcelo Labuto, explica que os clientes do banco serão comunicados previamente sobre cada passo. "Esse período de transição é justamente para definirmos as condições mais adequadas aos diferentes perfis dos nossos clientes", acrescenta ele.
O BB destaca, em nota, que já vinha orientando seus clientes a migrarem do rotativo para linhas de crédito com menor custo no âmbito de uma política de incentivo ao uso consciente do crédito e que já havia cortado em até 4 pontos porcentuais os juros do rotativo. Em média, o banco faz 50 mil operações por mês no crédito parcelado e a expectativa do BB é de que esse volume cresça a partir de agora.