Diferente da safra passada, o setor vitivinícola está otimista com as possibilidades de a safra de uva de 2017 alcançar níveis muito bons de qualidade e quantidade. Para o diretor executivo da Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi) Darci Dani, as condições climáticas estão contribuindo positivamente, pois, "neste ano, o clima foi perfeito, sem nenhum problema. Temos ainda a previsão de um fevereiro mais seco, isso é ótimo". Dani reforça o otimismo do setor e prevê que, neste ano, a safra será excelente, com a colheita de aproximadamente 700 milhões de quilos de uvas.
O diretor da Agavi revela que as vinícolas estão se comprometendo com a decisão do acordo celebrado entre os produtores de uvas e as vinícolas que definiu o preço mínimo de R$ 0,92 para o quilo da uva. Na safra 2015/2016, o preço mínimo foi fixado em R$ 0,78.
Representantes da indústria, os presidentes da Agavi, Evandro Lovatel; do Sindicato da Indústria do Vinho do Estado do Rio Grande do Sul (Sindivinho/RS), Gilberto Pedrucci; e da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Dirceu Scottá, ressaltaram a necessidade e a atenção da indústria e das entidades em remunerar o produtor de uma forma justa e valorizar o diálogo entre todos os segmentos do setor.
Dani ressaltou que uma das principais mudanças - definida em 2016 - que atingirão as vinícolas e que passarão a vigorar em 2018 será a possibilidade de as vinícolas ingressarem no Simples Nacional, o que deverá reduzir a carga tributária dos vinhos elaborados por estas empresas.