Ao contrário do comércio e da indústria, que se queixam da grande quantidade de feriados em 2017, o setor de turismo tem tudo para comemorar. Projeção feita pelo Ministério do Turismo (MTur), em conjunto com a Fundação Getulio Vargas (FGV), revela que as viagens nos fins de semana prolongados por feriados que caem na segunda, terça, quinta ou sexta-feira injetarão R$ 21 bilhões a mais na economia do Brasil.
O levantamento considerou um acréscimo de 22 dias de folga, quando 10,5 milhões de viagens deverão ser realizadas. Foram excluídos do cálculo o Carnaval, a Semana Santa, o Natal e o Réveillon, períodos tradicionais de alta movimentação nos aeroportos, rodoviárias e rodovias. O feriado que deve gerar o maior impacto é o Dia de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, quando 1,94 milhão de viagens movimentarão R$ 3,9 bilhões na economia.
"São números que reforçam a vocação do turismo para ajudar no desenvolvimento econômico e na geração de emprego do País. Enquanto diversas atividades demonstram preocupação com os fins de semana prolongados em 2017, o setor de viagens se prepara para faturar", disse o ministro do Turismo, Marx Beltrão.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav), Edmar Bull, as empresas do segmento já começaram a sentir o impacto dos feriados com o aumento na procura por pacotes de viagens. A entidade estima que a demanda por viagens de lazer em 2017 deverá crescer entre 8% e 14%.
"Os brasileiros vão poder viajar mais, gastando menos, porque uma das vantagens da ocupação pulverizada ao longo do ano é o maior equilíbrio na equação oferta x demanda, o que impacta diretamente a composição das tarifas aéreas e hoteleiras", afirmou Bull.
A pesquisa levou em consideração os feriados de 21 de abril (Tiradentes, sexta-feira), 1 de maio (Dia do Trabalho, segunda-feira), 15 de junho (Corpus Christi, quinta-feira), 7 de setembro (Independência do Brasil, quinta-feira), 12 de outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida, quinta-feira) e 2 de novembro (Finados, quinta-feira).
Carnaval, Semana Santa, Natal e Réveillon foram desconsiderados, porque, via de regra, geram fins de semana prolongados, e a ideia da projeção foi levantar qual o valor a ser acrescentado na movimentação econômica nacional em 2017.