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'O que a FEE faz não será substituído', alerta chefe do IBGE no RS
Na divulgação do PIB na FEE, o ambiente de incerteza gerado pela proposta do governo estadual de extinção da instituição reinou, rivalizando com o gosto negativo do décimo trimestre seguido de queda do principal indicador da atividade. Dependendo do desfecho na Assembleia Legislativa, até o próximo PIB, a ser liberado em março, pode não sair, admitem os integrantes do órgão. A cúpula do governo estadual diz que seguirá todo o trabalho da fundação montando um departamento na futura pasta de Planejamento e Gestão.
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Na divulgação do PIB na FEE, o ambiente de incerteza gerado pela proposta do governo estadual de extinção da instituição reinou, rivalizando com o gosto negativo do décimo trimestre seguido de queda do principal indicador da atividade. Dependendo do desfecho na Assembleia Legislativa, até o próximo PIB, a ser liberado em março, pode não sair, admitem os integrantes do órgão. A cúpula do governo estadual diz que seguirá todo o trabalho da fundação montando um departamento na futura pasta de Planejamento e Gestão.
Há duas semanas acumulando o cargo de presidente da FEE e de titular da pasta de Planejamento, José Oltramari, abriu a sessão de divulgação do PIB, mas parecia desconfortável em meio ao grupo de técnicos concursados. Ele nada falou após a divulgação. Já o chefe da unidade estadual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), principal organismo de coleta e formulação de dados do País, José Renato Braga de Almeida, estava também no local e falou. "A possível extinção da FEE é vista com grande preocupação em função do nosso trabalho conjunto", comentou Almeida. "A fundação realiza um excelente trabalho com produtos e informações do Estado. É um órgão essencial para o planejamento do Estado e dos municípios."
O chefe da unidade estadual destacou que a fundação produz muitos dados que complementam os do instituto. Segundo o chefe local, há um cronograma de trabalho e "o que a FEE faz não será substituído". "É um trabalho único, a exemplo do que fazem outros institutos estaduais de pesquisa." Sobre a possibilidade de consultorias privadas fazerem o que faz a FEE, Almeida recomendou cautela nesta solução. "Em função da credibilidade da informação, o trabalho é muito técnico. Não diria que pode ser feito pelo setor privado", reagiu, questionando a tese de que a FE deve ser extinta devido ao gasto. "Precisa ver se é questão de gasto ou investimento."
O economista Roberto Rocha admite que o fim da FEE pode gerar descontinuidade do PIB. Há uma equipe que se dedica a melhorar e construir o indicador, citou. "Com as condições propostas, é um indicador que o Estado vai perder em 2017", alarma-se Rocha. Os quadro técnico observa que a economia gaúcha é uma das cinco maiores do País e necessita de um indicador de curto prazo sobre o desempenho da economia. "Ele serve de orientação à política econômica. Quem sai prejudicado é o setor público e o privado", adverte o economista.