O dólar se valorizou na comparação com os seus principais rivais e moedas de países emergentes, nesta quinta-feira (15), ainda repercutindo a elevação de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) na tarde de quarta-feira (14).
No fim da tarde de hoje em Nova Iorque, o dólar avançava para 118,10 ienes, de 117,30 ienes na tarde de ontem; o euro recuou para US$ 1,0414, de US$ 1,0513; e a libra caiu de US$ 1,2424, para US$ 1,2525. Uma elevação mais acelerada do que se esperava para as taxas de juros dos EUA vai impulsionar ainda mais o dólar no próximo ano, com maiores consequências para exportadores americanos e economias asiáticas, segundo analistas. A moeda americana ainda atingiu o nível mais alto ante o yuan da China, com o dólar valendo 6.9354 yuans.
"O maior risco nessa conjuntura, na nossa visão, é que os mercados se precipitem e fortaleçam muito o dólar no curto prazo, o que poderia causar uma fuga de capitais na China, desencadeando, mais uma vez, uma desestabilização do yuan e o apetite pelo risco", disseram analistas do Goldman Sachs, em nota.
O atual rali do dólar foi desencadeado após o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed elevar a taxa dos Fed Funds para a faixa entre 0,50% e 0,75%, e a taxa de redesconto de 1,00% para 1,25%, conforme o esperado pela maioria dos agentes dos mercados.
Os juros básicos dos EUA estavam entre 0,25% e 0,50% desde dezembro do ano passado. A instituição ainda informou que vê três altas de juros por ano em 2017, 2018 e 2019. A presidente do Fed, Janet Yellen, disse esperar que a economia continue sólida, mas ponderou que mudanças econômicas podem mudar perspectivas para a política monetária.
Maiores juros beneficiam o dólar tornando a moeda mais atrativa para investidores em busca de retornos.