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PIB gaúcho cai menos que o do Brasil no terceiro trimestre
Resultados foram apresentados nesta terça-feira pela FEE
Patrícia Comunello/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
A economia gaúcha recuou 1,7% no terceiro trimestre de 2016, mas já foi pior nos períodos recentes. A taxa, divulgada nesta terça-feira (13) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), reflete a menor queda desde o segundo trimestre de 2015, quando a atividade reduziu 0,7%. Além disso, o desempenho mesmo negativo do Produto Interno Bruto (PIB) regional foi melhor que o do Brasil, que amargou decréscimo de 2,9%, observou o economista e coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Roberto Rocha. Foi uma queda menor no serviços que amenizou a temporada de 10 trimestres (desde o segundo tri de 2014) de sucessivos tombos do PIB gaúcho.
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A economia gaúcha recuou 1,7% no terceiro trimestre de 2016, mas já foi pior nos períodos recentes. A taxa, divulgada nesta terça-feira (13) pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), reflete a menor queda desde o segundo trimestre de 2015, quando a atividade reduziu 0,7%. Além disso, o desempenho mesmo negativo do Produto Interno Bruto (PIB) regional foi melhor que o do Brasil, que amargou decréscimo de 2,9%, observou o economista e coordenador do Núcleo de Contas Regionais da FEE, Roberto Rocha. Foi uma queda menor no serviços que amenizou a temporada de 10 trimestres (desde o segundo tri de 2014) de sucessivos tombos do PIB gaúcho.
Os serviços tiveram retração de 1,6% no Estado ante -2,2% no Brasil. O comércio diminuiu significativamente sua queda (-2,8% no trimestre contra 6,4% no segundo trimestre de 2016), enquanto a atividade de transporte passou de um crescimento de 2,9% no trimestre anterior para uma redução de 1,8% no terceiro. Os outros serviços tiveram uma leve melhora, ao passo que a administração pública uma pequena queda. Serviços de informação, intermediação financeira e atividades imobiliárias apresentaram estabilidade entre um trimestre e outro. A indústria segue na lanterna, com queda de 4,6% no parque gaúcho, maior que a da brasileira (-2,9%). A área de transformação caiu 5,5%, também mais que a nacional (-3,5%). Mas nada superou a de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana (-6,7%).
Rocha lembrou que o crescimento da agropecuária não foi suficiente para reverter o sinal negativo. No terceiro trimestre, o setor primário cresceu 2,1%, ante -6% do País. "O terceiro trimestre não é o melhor do setor, por isso o impacto é menor", explicou o coordenador. Para o economista, outro motivo para um desempenho local menor pior que o nacional pode estar no mercado de trabalho, que no Estado sofre menos com o corte de vagas. "O setor pode ainda dar algum alento até o fechamento do ano", projeta Rocha. "A tendência é da economia gaúcha cair menos que a nacional", crava o coordenador do núcleo da FEE.
O saldo das exportações pode ter evitado queda maior da indústria, que sentiu o efeito de quebra no ramo fumageiro e de produção de combustíveis. "Este último é efeito da queda na demanda no País", avaliou Rocha. A FEE evita antecipar prognósticos. Com o desempenho de 2016 e tentando vislumbrar o próximo ano, o coordenador do núcleo admite que a previsão é incerta. "Há sinais difusos, sem retomada firme da atividade e do mercado nacional de trabalho, ainda muito deteriorado, o que afeta a demanda para nossa indústria." O que pode ser novamente o salvador da economia local é repetir a safra recorde, citou Rocha. "A safra deve ser boa, o que pode gerar impacto relevante na economia." No terceiro trimestre, o setor primário cresceu 2,1%, ante -6% do País.