Os credores da Oi reunidos no Grupo Ad Hoc anunciam extensão de seu acordo de colaboração mútua com o empresário egípcio de telecomunicações Naguib Sawiris, e ambas as partes esperam que o plano alternativo de recuperação e o plano operacional pós-recuperação judicial estejam prontos nos próximos 30 dias.
Este segundo acordo de colaboração mútua é "o resultado de uma parceria de sucesso no último mês, durante o qual o Grupo Sawiris e o Comitê Diretivo fizeram progressos significativos no desenvolvimento de um plano alternativo de recuperação e um plano operacional pós-recuperação judicial para a Oi S.A. e suas subsidiárias", diz o comunicado dos credores.
"Eu continuo acreditando nas perspectivas do Brasil, sua economia e seu povo, e otimista sobre a oportunidade diante de nós. Estou satisfeito com o progresso que fizemos no último mês e ansioso para continuar o bom trabalho com o Comitê Diretivo de Bondholders, que nos permitirá alcançar resultados positivos para todas partes interessadas no processo", diz o empresário egípcio, em nota à imprensa.
Já o consultor financeiro Otavio Guazzelli, da Moelis & Company, diz que o segundo acordo é "mais um passo importante, juntamente com nossas contínuas consultas com outras partes relevantes", para o desenvolvimento de um plano de recuperação abrangente que seja aprovado pelos credores.
Além da Moelis & Company são assessores do Comitê Diretivo o escritório de advocacia internacional Cleary Gottlieb Steen e Hamilton LLP e o brasileiro Pinheiro Neto Advogados.
Na nota, o grupo frisa que discorda do plano de recuperação apresentado pela Oi em 5 de setembro, o qual "inapropriadamente favorece os atuais acionistas da Companhia em detrimento de seus credores" e que coloca em risco a continuidade da empresa. Diz que apesar da disposição em negociar os termos do plano de recuperação, "a companhia e seus administradores tem se recusado a fazê-lo" e até o momento também a Oi não teria prestado as informações solicitadas pelos credores "há mais de 45 dias".