A Bolsa de Tóquio fechou em baixa marginal nesta segunda-feira (31), pressionada por preocupações sobre a corrida presidencial nos EUA, de um lado, mas sustentada por notícias corporativas, do outro.
O Nikkei, que reúne as ações mais negociadas na capital do Japão, caiu 0,12%, encerrando o dia a 17.425,02 pontos. Na semana passada, o índice acumulou valorização de 1,52%.
Incertezas sobre a eleição presidencial nos EUA, marcada para 8 de novembro, limitaram o apetite por risco no mercado japonês hoje. Na sexta-feira, o FBI anunciou que vai reavaliar como a candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, usou seu e-mail na época em que era Secretária de Estado.
Além disso, dúvidas sobre a implementação de um acordo preliminar da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para reduzir sua produção pesaram nos papéis do setor de energia. A petrolífera Inpex, por exemplo, recuou 1,6%.
Por outro lado, algumas ações individuais tiveram bom desempenho em Tóquio. O conglomerado industrial Hitachi foi o destaque entre empresas com valor de mercado de US$ 10 bilhões ou mais, com salto de 5,1% em seus papéis. A Hitachi ampliou o lucro no semestre encerrado em setembro, apesar das vendas mais fracas.
Já a transportadora marítima Mitsui O.S.K. Lines avançou 5,6%, após notícia de que a Mitsui e dois parceiros japoneses, Nippon Yusen K.K. e Kawasaki Kisen Kaisha Ltd., irão criar uma joint venture para integrar suas operações.
Também foram divulgados indicadores fracos no Japão. A produção industrial japonesa ficou estável em setembro ante agosto, contrariando previsão de ganho de 1%, enquanto as vendas no varejo japonês tiveram queda anual de 1,9% no mês passado, a sétima consecutiva. Os dados vieram antes da reunião de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), que começa hoje e será encerrada nesta terça-feira.