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Economia

- Publicada em 26 de Outubro de 2016 às 14:16

Percepção sobre mercado de trabalho sugere recuperação lenta do consumo, diz FGV

Agência Estado
O padrão de recuperação da confiança do consumidor, iniciado há seis meses, manteve-se em outubro, com as expectativas sobre o futuro puxando o movimento. Além disso, uma acomodação na percepção sobre o mercado de trabalho sugere que a recuperação do consumo na atividade econômica será lenta. A avaliação foi feita pela coordenadora da Sondagem do Consumidor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Viviane Seda.
O padrão de recuperação da confiança do consumidor, iniciado há seis meses, manteve-se em outubro, com as expectativas sobre o futuro puxando o movimento. Além disso, uma acomodação na percepção sobre o mercado de trabalho sugere que a recuperação do consumo na atividade econômica será lenta. A avaliação foi feita pela coordenadora da Sondagem do Consumidor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Viviane Seda.
Mais cedo, a FGV anunciou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 82,4 pontos em outubro, ante 80,6 pontos em setembro. É o maior nível desde dezembro de 2014, quando estava em 86,6 pontos.
Viviane chamou a atenção para o indicador de Emprego Futuro. O Índice de Expectativas (IE) subiu 2,5 pontos, atingindo 92,6 pontos, mas o indicador de Emprego Futuro recuou 3,5 pontos na passagem de setembro para outubro. Esse indicador subiu 12,6 pontos entre julho e setembro.
"Os consumidores agora estão reavaliando o futuro do mercado de trabalho, passando a enxergar uma recuperação lenta", afirmou Viviane.
Os dados da sondagem de outubro sugerem que uma recuperação do consumo das famílias ficará mesmo para 2017, porque o mercado de trabalho é uma variável fundamental, na visão de Viviane.
Os dados mostram que já houve uma melhoria na percepção sobre a inflação. Segundo Viviane, isso pode ser visto no indicador da Situação Financeira das Famílias, que subiu 1,4 ponto, atingindo 63,6 pontos em outubro.
Assim, a desaceleração da inflação, a redução nos juros e uma redução no nível de endividamento das famílias poderão ser pontos positivos para 2017. "São pontos positivos para a recuperação", disse Viviane, reconhecendo que eles serão insuficientes para acelerar o ritmo da recuperação, que será lento.
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