O apetite pelo risco no exterior traduziu-se em queda do dólar ao nível de R$ 3,18 no mercado à vista nesta terça-feira (18). A divisa fechou com perda de 0,92%, aos R$ 3,1814, valor mais baixo desde 11 de agosto quando registrou R$ 3,1385. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 1,022 bilhão.
O recuo só não foi maior porque o câmbio atraiu a atuação de importadores e especuladores ao tocar a mínima do dia, aos R$ 3,1744 (-1,14%) no período vespertino. Além do fator externo, o recuo da moeda norte-americana embutiu expectativas relacionadas à entrada de recursos no Brasil por causa da lei de repatriação.
No mercado futuro, o dólar para novembro encerrou em baixa de 0,56%, aos R$ 3,1945, com giro de US$ 10,371 bilhões. No menor valor do dia, o contrato com vencimento no mês que vem tocou R$ 3,1850 (-0,86%).
Lá fora, a novidade veio do resultado mais fraco que o esperado do núcleo do índice de inflação ao consumidor dos Estados Unidos. O indicador de setembro foi mais um sinal de que o Federal Reserve deverá ser gradual em seu ciclo de aperto monetário.
Domesticamente, os agentes financeiros acompanharam de perto as novidades do programa de repatriação de recursos não declarados ao exterior. De acordo com a Receita Federal, a adesão ao programa já supera R$ 13 bilhões. Esses contribuintes declararam que devem esse valor e esperam o fim do prazo de adesão ao programa para fazerem o pagamento.