As bolsas de valores de Nova Iorque fecharam em queda nesta segunda-feira (17), pressionadas pelas ações das companhias de consumo e energia, em um dia de queda nos preços do petróleo e dados decepcionantes da economia norte-americana. Além disso, o discurso do vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Stanley Ficher, influenciou o movimento.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,29%, para 18.086,40 pontos; o S&P 500 recuou 0,30%, para 2.126,50 pontos, no menor patamar desde 7 de julho; e o Nasdaq caiu 0,28%, para 5.199,82 pontos.
Entre as companhias que apresentaram os piores desempenhos estão o McDonald's, que viu seus papéis recuarem 1,47% e a Nike, que perdeu 1,14%. No terreno positivo estão as companhias de serviços básicos.
Mais cedo, o Federal Reserve divulgou dados mostrando que a produção industrial dos Estados Unidos subiu 0,1% em setembro ante agosto, no cálculo com ajuste sazonal. O resultado veio abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam crescimento de 0,2%.
Adicionando mau humor ao mercado, o índice Empire State de atividade industrial da região de Nova Iorque caiu a -6,8 em outubro, de -2,0 em setembro. O indicador contrariou as estimativas de economistas, que esperavam avanço para 1,0.
O mercado de commodities também não ajudou os índices de ações em Wall Street. O petróleo recuou hoje com o aumento da preocupação dos investidores com os excedentes globais, após indicadores apontarem para o aumento plataformas em funcionamento nos EUA.
Além disso, há ceticismo sobre a capacidade de grandes produtores chegarem em um acordo para o congelamento da produção de petróleo que estabilize o mercado. Na Nymex, o petróleo WTI para novembro caiu 0,81%, a US$ 49,94 por barril, enquanto o Brent negociado na ICE, em Londres, fechou em queda de 0,82%, a US$ 51,52 por barril e, como resultado, as petroleiras também estão entre as perdedoras em Wall Street.
Os índices acionários ampliaram as perdas na sequência da fala de Fischer, que disse que taxas de juros ultrabaixas podem sinalizar perspectivas de fraco crescimento econômico a longo prazo e deixar a economia dos EUA vulnerável a choques. Parte do mercado teve o entendimento que tais argumentos sinalizaram que um aumento de juros está próximo, o que pressionou as bolsas.