Os futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira (17), em meio a crescentes sinais de intransigência entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em relação ao acordo para limitar a produção e a convicção do mercado de que qualquer impulso relacionado com o acordo já foi precificado. Além disso, preocupações com o excesso de oferta também pesaram.
O petróleo WTI para novembro fechou em queda de 0,81%, a US$ 49,94 por barril na Nymex. Na ICE, o petróleo Brent para dezembro caiu 0,82%, a US$ 51,52 por barril.
No mês passado, a Opep delineou um plano para cortar a produção, o que tem impulsionado os mercados para cima nas últimas semanas. Mas o plano não diz o quanto cada país vai ter que cortar e as dúvidas sobre como a Opep calcula a produção dos países poderiam se tornar pontos críticos que estão no caminho de um acordo. Além disso, há uma consenso de que os preços já subiram tudo o que tinham para subir no âmbito de um acordo.
Ali Kardor, diretor da National Iranian Oil, disse nesta segunda-feira em Teerã que as estimativas de produção da Opep "não são aceitáveis", e disse que o Irã está produzindo mais do que o cartel estimou, de acordo com a Bloomberg.
O Irã estaria isento de qualquer corte sob o acordo do mês passado, mas sinais de que o país para aumentar a produção estão pesando sobre os preços.
Enquanto isso, nos EUA, os investidores estão prevendo que a oferta de petróleo poderia aumentar pela segunda semana consecutiva, com as refinarias funcionando mais lentamente à medida que eles passam por manutenção sazonal da planta, disse Carl Larry, diretor de petróleo e gás da Frost & Sullivan. "Os reparos vão durar mais tempo do que o normal", disse ele.
Além disso, a empresa de serviços para campos petrolíferos Baker Hughes informou na sexta-feira que a contagem de poços e plataformas de petróleo em atividade aumentou quatro na semana passada. Essas contagens são geralmente vistos como um proxy para a atividade no setor de petróleo nos EUA e analistas acreditam que, caso os preços se mantenham acima de US$ 50 o barril, o número pode aumentar ainda mais nas próximas semanas.