O dólar caiu na comparação com os seus principais rivais, nesta quinta-feira (13), na sequência da divulgação de dados decepcionantes da balança comercial chinesa, que aumentaram a demanda por ativos seguros. Além disso, os investidores ainda digerem as informações da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de setembro.
No fim da tarde em Nova Iorque, o dólar recuou para 103,63 ienes, de 104,25 ienes no fim da tarde de ontem, enquanto o euro subia para US$ 1,1052, de US$ 1,1015 e a libra avançava para US$ 1,2241, de US$ 1,2212.
Nesta madrugada, o governo chinês informou que as exportações do país caíram 10% em setembro ante o mesmo mês do ano passado, ao passo que a demanda global pelos seus produtos permaneceu fraca. O superávit comercial da China encolheu para US$ 41,99 bilhões, de US$ 52,05 bilhões em agosto, ficando aquém da estimativa de analistas, de US$ 52,3 bilhões de saldo positivo.
"Os dados chineses parecem ter assustado o sentimento do mercado", disseram analistas do Scotiabank, em nota. "A demanda por ativos considerados seguros impulsionaram o iene e o ouro", completaram.
A leitura desses números adicionou cautela aos mercados, que já vinham digerindo as informações da ata do Fed. A ata de setembro, apresentada na tarde de ontem, deixou mais clara a divergência de posições entre os membros da instituição no que se refere à política monetária.
Os futuros dos Fed funds, usados pelos participantes do mercado para apostarem sobre a política monetária do BC americano, mostraram que os investidores atribuem uma possibilidade de 66% de aumento de juros nos EUA em dezembro, de acordo com o CME Group. Ontem, essa probabilidade estava em 70%.
O dólar tende a se enfraquecer diante de perspectiva de juros menores, dado que a divisa fica menos atrativa para investidores em busca de rendimentos.