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Política

- Publicada em 20 de Setembro de 2016 às 17:01

Em protesto contra Temer, países da América Latina abandonam plenário da ONU

Em seu primeiro discurso na ONU, Michel Temer sustentou que normas valem até para 'os mais poderosos'

Em seu primeiro discurso na ONU, Michel Temer sustentou que normas valem até para 'os mais poderosos'


Beto Barata/PR/Divulgação/JC
Estadão Conteúdo
Líderes de seis países latinoamericanos protestaram contra o presidente Michel Temer durante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, da Venezuela, Nicolás Maduro, do Equador, Rafael Correa, e da Nicarágua, Daniel Ortega abandonaram o plenário no momento em que Temer entrou para realizar seu primeiro discurso perante a instituição, em Nova Iorque. Raúl Castro, de Cuba, e Evo Morales, da Bolívia, nem chegaram a entrar no local.
Líderes de seis países latinoamericanos protestaram contra o presidente Michel Temer durante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, da Venezuela, Nicolás Maduro, do Equador, Rafael Correa, e da Nicarágua, Daniel Ortega abandonaram o plenário no momento em que Temer entrou para realizar seu primeiro discurso perante a instituição, em Nova Iorque. Raúl Castro, de Cuba, e Evo Morales, da Bolívia, nem chegaram a entrar no local.
"Nossa decisão, soberana e individual, de não escutar a mensagem do senhor Michel Temer na Assembleia-Geral, obedece à nossa dúvida de que ante certas atitudes e atuações, se pretende ensinar sobre práticas democráticas", afirma a nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Costa Rica. "Por meio de nossa embaixada nesse país demos seguimento aos acontecimentos, especialmente a certos atos de violência ocorridos posteriormente à conclusão do processo de 'impeachment'".
A última vez em que o presidente da Costa Rica deixou o plenário da Assembleia-Geral como gesto de protesto foi durante discurso do ex-presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad, pelo fato de que ele negava a existência do Holocausto.
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, disse não ter visto a saída dos presidentes do plenário. "Estava na primeira fila, mas não me dei conta", afirmou. O chanceler minimizou o gesto e disse que seu impacto internacional é "próximo de zero". Serra ressaltou que a ONU tem quase 200 países membros e que os que protestaram não representam um número significativo.
A reação dos bolivarianos era previsível, disse o ministro, que manifestou surpresa em relação à posição da Costa Rica. "Não sabia que a Costa Rica tinha essa posição. Vou olhar a nota e depois posso até comentar", afirmou em entrevista coletiva.
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