A ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca, que em 2014 fez uma série de denúncias contra gestores da empresa, acaba de perder uma ação trabalhista contra a companhia petrolífera. Venina terá ainda que arcar as custas do processo, no valor de R$ 40 mil.
Venina surgiu na mídia em dezembro de 2014, logo após a sétima fase da Operação Lava Jato. Em entrevista ao programa de TV Fantástico, ela afirmava ter tentado comunicar diversas irregularidades na companhia para diretores da Petrobras, entre eles o ex-presidente José Sérgio Gabrielli, e, como resultado, ter sofrido perseguição e ter sido transferida para o exterior.
Na ação, Venina cobrava incorporação de gratificação de função, integração de verbas à remuneração e também indenizações por danos materiais e morais, num valor estimado em R$ 2 milhões de reais.
A juíza Cristina Almeida de Oliveira, da 31ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, no entanto, acolheu aos argumentos dos advogados da Petrobras, de que a autora da ação foi destituída de cargo gerencial por justo motivo.
A Petrobras juntou ao processo e-mails que mostravam que Venina solicitou a realização de curso de inglês no exterior, o que acabou gerando sua transferência para Singapura, e provas de que ela teria se beneficiado profissionalmente ao se omitir dos desvios ocorridos na implantação da Refinaria Abreu e Lima.
Na sentença, publicada nesta terça-feira (13), a juíza pede ainda que os depoimentos e provas juntados ao processo sejam remetidos a 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato.