Os contratos futuros de petróleo fecharam sem direção única nesta terça-feira (20), em sessão marcada por volatilidade para a commodity. Uma declaração de apoio da Rússia a um acordo para estabilizar a produção rendeu interpretações mistas dos investidores.
O WTI para novembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 0,43%, a US$ 44,05 por barril. Hoje também foi o último dia de negociação do contrato para outubro, que subiu 0,32% e fechou a US$ 43,44. Já o Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, recuou 0,15% e fechou cotado a US$ 45,88.
Nesta terça-feira, o representante permanente da Rússia na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Vladimir Voronkov, afirmou que o país estaria disposto a apoiar um acordo para estabilizar a produção - e, consequentemente, os preços - da commodity.
O secretário-geral da Opep, Mohammed Barkindo, também afirmou que representantes do Irã estariam dispostos a negociar. O cartel fará uma reunião informal na Argélia na semana que vem, mas alguns membros já disseram que as conversas provavelmente só estabelecerão uma agenda para outras negociações que acontecerão depois. Por isso, boa parte dos investidores está cética sobre um possível congelamento da produção.
"É tudo muito positivo, se alguém acreditar neles", afirmou o vice-presidente sênior de energia na R.J. O'Brien & Associates, Ric Navy.
Na contramão das conversas sobre congelamento estão a Líbia, o Irã e a Nigéria, que, juntos, querem elevar sua produção para 1,5 milhão de barris por dia neste ano. A Venezuela também está aumentando suas exportações, e, segundo Bjarne Schieldrop, do banco sueco SEB, essas movimentações dão um sinal claro de que não há qualquer interesse em estancar a produção.