O dólar recuou diante de seus principais rivais nesta quinta-feira, dia 1º, pressionado por dados decepcionantes sobre a indústria dos Estados Unidos. No fim da tarde em Nova Iorque, o dólar recuava para 103,23 ienes, de 103,46 no fim da tarde de quarta-feira, 31; o euro subia para US$ 1,1201, de US$ 1,1158; e a libra avançava para US$ 1,3266, de US$ 1,3131 na véspera.
A moeda americana entrou em território negativo após a divulgação do índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial dos EUA pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM). O dado caiu a 49,4 em agosto, de 52,6 em julho, interrompendo uma sequência de cinco meses de avanço e ficando abaixo da marca 50 - que separa a expansão da contração da atividade. O recuo foi maior que o esperado pelos analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que previam desaceleração a 52,0.
Brad Bechtel, diretor do Jefferies Group, disse que o relatório levanta preocupações sobre a macroeconomia mas não deve pesar muito nos planos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) para a taxa de juros neste ano.
O relatório vem na véspera da divulgação do relatório de empregos dos EUA (payroll). Os investidores estão a espera desses dados para avaliar a saúde do mercado de trabalho do país. Recentemente, dirigentes do Fed disseram que a decisão do BC depende dos dados econômicos a serem divulgados.
Analistas dizem que um payroll forte pode impulsionar as expectativas para um aperto monetário nos próximos meses, e juros mais altos mais altos tendem a aumentar a atratividade do dólar para investidores em busca de rendimentos.