Ao assinar acordo para exportação de carne bovina in natura para os Estados Unidos, o Brasil terá acesso a outros mercados, além do norte-americano, uma vez que o critério para a abertura desses mercados é a aceitação do produto brasileiro pelas autoridades sanitárias dos EUA.
Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, esta será uma das medidas que fará o Brasil cumprir a expectativa de ampliar sua participação nos próximos anos dos atuais 7% para 10% do mercado do agropecuário mundial.
Durante a cerimônia de troca de cartas de equivalência entre Brasil e Estados Unidos, Maggi lembrou que este acordo é algo que vem sendo trabalhado há vários anos pelas autoridades dos dois países. "O que fazemos hoje é o reconhecimento de que o estado sanitário dos dois países são iguais e se complementam. Isso faz com que o Brasil seja reconhecido não só pelos Estados Unidos; boa parte do mercado internacional se abre nesse momento", afirmou o ministro.
"Tenho percebido que vamos crescer muito no setor agro, para sair de 7% da participação no comercio mundial para 10% nos próximos anos. Não é tarefa fácil, mas também não é impossível. Estamos mexendo internamente no ministério porque, se queremos produtos de qualidade, temos de produzir, fiscalizar e deixar que a iniciativa privada faça o seu trabalho", acrescentou.
De acordo com o ministro, o papel da diplomacia foi relevante para que se chegasse a esse acordo. "Sou produtor rural, sei produzir e sei fazer volume e comércio. Mas sem uma diplomacia para [ajudar a] vender a outros países, nada disso adiantaria."
Apesar da previsão inicial do ministério de os primeiros embarques começarem somente daqui 90 dias, Blairo Maggi afirmou que, conforme as "últimas informações", os trâmites e trânsitos já estão liberados "quase que de imediato".