Efeito contrário

O terreno é pedregoso, mas o veículo é bom. Foi assim que o presidente do BRDE, Odacir Klein, se dirigiu ao governador José Ivo Sartori (PMDB) referindo-se à performance do banco no primeiro semestre, com contratação de R$ 1,84 bilhão em 4.451 novas operações de crédito para pequenos e grandes empreendedores de todos os setores da economia do Sul.

 

A necessidade de reduzir custos gera um efeito colateral nas empresas. Devido ao preço do vale-transporte, a busca é por funcionários que não precisem de duas passagens. Ao mesmo tempo, as corporações procuram imóveis em pontos em que os colaboradores não precisem fazer baldeação. A motivação aumenta e o tempo no vai e volta reduz em 50%. Estresse físico e mental incluídos.

Não existe maior transmissão de amadorismo do que candidato falar de forma monocórdica olhando as palavrinhas sem emoção que a assessoria injeta no telepromter. Uma bula de remédio recitada teria mais emoção. Aquele olhar para todos os lados menos para a câmera é mortal.

Algo esquisito está acontecendo no Viaduto Otávio Rocha, Centro Histórico da Capital. A lavagem das calçadas e escadarias parece que foi suspensa. O grupo do Face Associação dos Amigos do Viaduto informa que ouviu de um funcionário da prefeitura que a higienização foi cancelada a pedido de uma ONG que protege os sem-teto acampados nas calçadas.

Terror dos pais em décadas passadas, a coqueluche parecia ser capítulo encerrado diante dos zikas da vida. Mas não. Há sinais que a bactéria borderella perussis se revitalizou e colocou seu exército na rua. Mas ainda não despertou a atenção.

Dificilmente uma pessoa comum teve tempo e paciência para ver toda a transmissão da sessão de ontem no Senado, com a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), ainda mais quando o discurso tece filigranas legais com direito a artigos e parágrafos. O que a televisão vai repetir serão os melhores lances do ataque e da defesa.

Como dizia o sábio político mineiro José Maria Alkmin: o que vale não é o fato e sim a versão. Mas há que se salientar que o clima foi civilizado, pelo menos até ontem. As excelências do Senado pró e contra - e a própria Dilma - estão anos luz à frente de suas excelências da Câmara dos Deputados.

Dilma está comendo pouco e o pouco que come tem um mínimo de calorias. Almoçou carne de panela com legumes e a sobremesa entrou no clima, minissuspiros adoçados com stévia. Faz parte da manutenção da dieta Ravenna, que a petista segue desde o ano passado.