O ingresso do deputado federal Giovani Cherini (expulso do PDT) no PR - o que deve ser oficializado nesta sexta-feira, quando assumirá inclusive a presidência estadual da legenda - desencadeou um conflito com o presidente municipal da sigla e pré-candidato à prefeitura de Porto Alegre, vereador Rodrigo Maroni.
Antes mesmo de assumir a presidência do PR gaúcho, Cherini anunciou que o partido não lançaria candidato próprio ao Paço Municipal, que Maroni seria substituído no comando do PR porto-alegrense, e que estava invalidada a convenção municipal marcada para quinta-feira, às 19h, na Câmara Municipal.
O vereador classificou as declarações de Cherini como "uma política coronelista e autoritária de alguém que foi expulso do seu partido anterior". Além disso, manteve a convenção de quinta-feira. Maroni reclamou da falta de diálogo. "Eu e Cherini tivemos apenas uma reunião. Foi quando ele comunicou que quem mandava em tudo era ele. Foi quando ele comunicou minha saída da presidência e o veto a minha pré-candidatura", disse o vereador.
Depois de ser expulso do PDT, por votar a favor do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), contrariando a resolução nacional do partido, Cherini disse que só se filiaria ao PR se assumisse a presidência estadual da sigla.
Maroni saiu do PCdoB em março. Ao ingressar no PR, disse que escolheu o partido porque os dirigentes permitiram que ele trabalhasse a causa do direto dos animais no diretório municipal. Dias depois da sua filiação, foi anunciado como pré-candidato à prefeitura de Porto Alegre. Até o fechamento da edição, a assessoria de Cherini não havia retornado à reportagem.