O técnico Bernardinho definiu nesta segunda-feira os últimos três cortes da seleção brasileira masculina de vôlei para a Olimpíada do Rio. O central Isac, o líbero Tiago Brendle e o ponteiro Murilo foram excluídos pelo treinador e ficarão de fora da busca pelo tricampeonato olímpico em solo carioca.
Das três saídas, Murilo é o nome com mais peso. Um dos jogadores mais vencedores do vôlei brasileiro nos últimos tempos, o ponteiro foi prejudicado por uma lesão muscular na panturrilha esquerda, que inclusive o impediu de entrar em quadra ao logo da campanha do vice-campeonato da Liga Mundial. A expectativa era de que ele pudesse se recuperar neste período, o que não aconteceu.
Aos 35 anos, a tendência é que Murilo tenha visto ruir o sonho de disputar sua última Olimpíada com a camisa do Brasil. Medalhista de prata nos Jogos de Pequim, em 2008, e Londres, em 2012, o ponteiro seria um dos mais experientes do grupo na briga pelo ouro, se não tivesse sofrido a lesão. Os problemas físicos, aliás, têm sido obstáculos na carreira do atleta nos últimos anos.
Já com Isac e Tiago Brendle, a situação é bem diferente. Os dois buscavam espaço no grupo e sonhavam com a primeira Olimpíada da carreira, mas terão que esperar. No caso de Brendle, apesar da titularidade na decisão da Liga Mundial contra a Sérvia, no domingo, o corte era esperado, já que ele disputava posição com o multicampeão Serginho.
Isac, porém, chegou a ser titular mas também sofreu com um problema físico e perdeu espaço, principalmente graças à ascensão de Maurício Souza e Éder, com quem disputava posição. Maurício Souza, aliás, foi eleito o melhor central da Liga Mundial. O outro central convocado, Lucão, é nome de confiança de Bernardinho e tinha vaga garantida.
Além dos centrais Éder, Maurício Souza e Lucão e do líbero Serginho, a seleção brasileira masculina de vôlei está definida para a Olimpíada com os levantadores Bruninho e William, os opostos Wallace e Evandro e os ponteiros Lucarelli, Maurício Borges, Lipe e Douglas Souza. O País está no Grupo A da competição, ao lado de Itália, Estados Unidos, Canadá, França e México, adversário da estreia no dia 7 de agosto.