O dólar subiu nesta quinta-feira (9), com investidores menos propensos a assumir riscos e em busca de mais segurança. O índice para o Dólar, que mede a divisa ante uma cesta de outras, avançou, já que o dólar subiu ante as moedas emergentes e commodities em geral e também em relação a várias das moedas mais fortes.
No fim da tarde em Nova Iorque, o dólar se valorizava a 107,17 ienes, de 107,03 ienes no fim da quarta-feira, e o euro recuava a US$ 1,1326, de US$ 1,1395 ontem.
O estrategista de câmbio Win Thin, da Brown Brothers Harriman, afirmou que o dólar se beneficiou do menor apetite por risco, que penalizou as moedas emergentes e commodities e as ações em geral. Com isso, a moeda avançou, por exemplo, ante o peso mexicano e a rupia indiana.
A moeda norte-americana também foi beneficiada por um dado positivo do mercado de trabalho dos EUA. Os novos pedidos de auxílio-desemprego recuaram 4 mil na última semana, para o número sazonalmente ajustado de 264 mil. Analistas previam 270 mil.
Isso sugeriu que o número de novos pedidos de auxílio-desemprego permanece em um patamar positivo, apesar do mais recente relatório mensal de empregos de maio, que foi desapontador. O relatório fraco da semana passada fez os investidores ajustarem suas expectativas para a trajetória do aperto monetário dos EUA nos próximos meses.
O euro, por sua vez, ficou também pressionado após declarações do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi. A autoridade monetária pediu que os governos da zona do euro apoiem o BCE e alertou para a falta de reformas, que tornam o trabalho da instituição mais difícil. A libra, por sua vez, recuou diante da cautela com o risco de que o Reino Unido venha a deixar a União Europeia - o país realiza plebiscito sobre o tema no dia 23.