Entre os dias 19 e 23 de janeiro do ano que vem, a Capital será sede do Fórum Social Temático (FST) 2016, cujas discussões pretendem abordar desafios e perspectivas na luta por outro mundo possível, além de realizar um balanço das ações realizadas na última década e meia. O evento também comemora os 15 anos do primeiro Fórum Social Mundial realizado em Porto Alegre, em 2001. A marcha de abertura será realizada no dia 19 de janeiro, às 15h, a partir do Largo Glênio Peres.
Crise do capitalismo, contexto político brasileiro e internacional, participação da juventude, cultura de paz, racismo, integração latino-americana, ativismo e combate à xenofobia e à homofobia são alguns dos temas que serão trabalhados durante o encontro. O prefeito José Fortunati reafirmou a importância do evento para a consolidação de ideias que podem mudar o mundo. "Só alterando o atual sistema conseguiremos avançar", declarou ontem, no lançamento da edição do evento do ano de 2016. Fortunati também destacou a liderança de movimentos sociais e sindicais para que o evento tenha tomado forma, reiterando que a prefeitura contribui com o suporte organizacional e de estrutura.
As atividades serão realizadas, principalmente, na Usina do Gasômetro, na Câmara de Vereadores, no Parque da Redenção, na Assembleia Legislativa e no largo Zumbi dos Palmares. O secretário municipal adjunto de Governança Local, Carlos Siegle, afirmou que, embora as pautas tenham mudado neste espaço de 15 anos, "a reflexão segue necessária para um profundo debate sobre o papel do cidadão".
As inscrições para participar do fórum já estão abertas e podem ser feitas no site
www.forumsocialportoalegre.org.br. A primeira edição do evento, que se considera uma novidade no cenário internacional pela capacidade de articulação de matizes na luta anticapitalista e pela radicalidade de propostas políticas, sociais, econômicas e ambientais, foi em 2001. Entre os convidados dessa edição estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, o escritor e sociólogo espanhol Manuel Castells, a ativista brasileira de violência contra a mulher Maria da Penha e a ativista paquistanesa Malala Yousafzai.