Matéria de maio de 2018.
Motivados pela falta de pagamentos de salários no último semestre e pela insegurança quanto às perspectivas da instituição, os professores do Centro Universitário Metodista IPA decidiram manter a greve, que já dura pouco mais de uma semana, por tempo indeterminado. A medida foi acatada por unanimidade durante assembleia geral no Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) nessa quarta-feira (2). Atualmente, a Rede Metodista conta com 250 professores.
A categoria optou pela paralisação no dia 25 de abril e desde então não teve solução para suas reivindicações. Segundo representantes da Rede Metodista, a existência de um bloqueio judicial das contas do IPA determinado pela Justiça Federal decorrente de débitos de FGTS é o impeditivo para o pagamento dos salários em atraso. A falta de definições e iniciativas da instituição foram apontadas pelo diretor do Sinpro-RS, Marcos Fuhr, como principal motivo para a continuação da greve. Os professores também reiteraram a preocupação com o estilo de gestão em São Paulo e reivindicaram a retomada de autonomia acadêmica e administrativa do Centro Universitário.
De acordo ainda com Fuhr, os atrasos nos pagamentos vem ocorrendo desde o segundo semestre de 2017, mas as quitações de março estão com atraso maior, já nada foi pago para a maioria dos docentes até este fim de abril. "O problema não é de hoje. Em dezembro, o sindicato entrou com ação na justiça e implementou multas à instituição. É uma situação que vem se agravando e isso que deixa os professores mais preocupados", afirmou ele.
Nesta quinta-feira (3), uma pauta de reivindicações da categoria será entregue à direção da rede metodista. A próxima assembleia está marcada para a segunda-feira (7), às 17h.