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Publicada em 12 de Março de 2018 às 17:50

Recriar, multicriar, renarrar e reimpactar

Tiago Dimer

Tiago Dimer

GUSTAVO ROTH/DIVULGAÇÃO/JC
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Jornal do Comércio
Um estudo publicado recentemente no Reino Unido mostrou fortes evidências da relevância das métricas de neuromarketing no desempenho de campanhas e retorno sobre o investimento das marcas. Desde 2004, estudos nesse sentido vem ampliando nosso conhecimento sobre a forma de impacto cerebral do contato com a publicidade. O que é notável e indiscutível é a comprovação de que a codificação de memória, isto é, a relevância e o recall, é mais eficaz com uma narrativa envolvente e criativa. Mas a busca pela criatividade e por respostas emocionais poderosas está mais evidente quando se constrói uma história, se cria uma identificação e um interesse. Esse objetivo muitas vezes é atingido no conceito, mas não se traduz ou permanece ao longo dos desdobramentos da campanha. Hoje, com os diversos meios e formatos oferecidos, parece que o espírito inicial muitas vezes se perde por não ser multicriativo, vamos assim dizer.
Um estudo publicado recentemente no Reino Unido mostrou fortes evidências da relevância das métricas de neuromarketing no desempenho de campanhas e retorno sobre o investimento das marcas. Desde 2004, estudos nesse sentido vem ampliando nosso conhecimento sobre a forma de impacto cerebral do contato com a publicidade. O que é notável e indiscutível é a comprovação de que a codificação de memória, isto é, a relevância e o recall, é mais eficaz com uma narrativa envolvente e criativa. Mas a busca pela criatividade e por respostas emocionais poderosas está mais evidente quando se constrói uma história, se cria uma identificação e um interesse. Esse objetivo muitas vezes é atingido no conceito, mas não se traduz ou permanece ao longo dos desdobramentos da campanha. Hoje, com os diversos meios e formatos oferecidos, parece que o espírito inicial muitas vezes se perde por não ser multicriativo, vamos assim dizer.
Como impactar? Emocionar? Fortalecer a marca? Entrar lá no subconsciente e eternizar na memória? Numa atualidade dispersa, variada? Com o controle maior do outro lado, no receptor? São perguntas que fazem parte de forma pertinente do dia a dia da comunicação. O que ocorre é que resolvemos essas perguntas, mas olhando mais para a ponta do iceberg e deixando de lado a base. Lá onde está a diversidade de veículos para atingir nosso público. É como se o espírito fosse forte na essência, mas difícil de enxergar. O que acaba exigindo investimentos massivos e com menor retorno de custo benefício.
Por sermos constantemente impactados por diversas mídias é que não se pode perder qualquer oportunidade. Cada meio também tem sua marca. Cada mídia tem um tipo de relevância e forma de comunicar. Cada impacto é único e pode provocar essa "eternidade" mental. Mas conversar com o meio é o desafio. Os dados produzidos pelo digital por exemplo: nos contagiam. Mas muitas vezes a peça parece distante ou comum na paisagem de banners, convites e promoções.
Agora, outras formas de impactar aparecem. Espaços alternativos até, que antes eram vistos como poluição visual, servem de contrapartida para serviços, atraindo marcas numa busca pela relevância. E também contribuindo para o setor público através de parcerias que ajudam na reestruturação dos serviços urbanos, unindo o privado no objetivo de atender melhor a população.
Mas é preciso lembrar que não adianta ser relevante no retorno imediato e pouco criativo com uma narrativa fraca na comunicação. É comum ainda apenas reproduzirmos o leaiaute, as imagens e apenas o conceito em todas as peças. Como que se apenas criando uma repetição visual dentro de todas informações absorvidas pelo público a marca fosse lembrada num passe de mágicas. É preciso falar com o meio, no mais profundo sentido do formato, do serviço ou momento de impacto. Recriar, multicriar, renarrar e reimpactar. Entender que o meio tem marca, tem alma e não serve apenas como uma base de um reforço frio da ponta do iceberg.
 

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