Visando à reeleição do governador José Ivo Sartori (PMDB), o PMDB está conversando com outros partidos buscando apoio na composição de uma chapa majoritária para as eleições de outubro. Mesmo sem a confirmação, por parte de Sartori, da sua intenção em concorrer - em entrevistas, ele afirma que "ainda é cedo" para falar sobre o assunto -, o presidente estadual da sigla, deputado federal Alceu Moreira, afirma que, dentro do PMDB, "nunca teve nenhuma dúvida" da candidatura do atual governador.
"É natural que, tendo um governador que lidera esse processo, é a maior autoridade e teve coragem para propor transformações, nós queremos que o candidato seja ele", declarou. O dirigente peemedebista afirma que a possibilidade de não indicar Sartori à reeleição "nunca foi debatida" no partido, mas reitera que essa decisão será tomada em conjunto com os partidos que venham a compor uma chapa com o PMDB.
Ontem, durante a solenidade de entrega de viaturas para a Brigada Militar, em Canoas, Alceu conversou com o prefeito Luiz Carlos Busato (PTB), e os dois marcaram de voltar a discutir o assunto. O PTB compõe um bloco formado ainda por PSD (partido do vice-governador, José Paulo Cairoli), PPS, PR, PHS, DEM e PSC, que decidiu que irá conjuntamente definir apoio a uma candidatura ao governo do Estado.
Embora o PTB tenha lançado o nome de Ranolfo Vieira como pré-candidato, não descarta a possibilidade de abrir mão e, em troca, indicar o vice em uma composição - o PMDB rejeita uma composição na qual não seja cabeça de chapa. "Neste momento, quem tem autoridade para liderar um projeto dessa natureza e continuar fazendo as grandes transformações é o próprio governador Sartori. Mas isso é (a opinião) de um companheiro partidário para o presidente do partido do governador", disse Alceu.
A formação original da coligação que elegeu Sartori em 2014 continha dois partidos do bloco - PSD e PPS, que já foram procurados pelo PMDB - e o PSB, que está na lista do presidente peemedebista. O presidente do PP no estado, Celso Bernardi, com quem o peemedebista também se reuniu ontem, reiterou o compromisso do partido com a candidatura própria.
O dirigente peemedebista não descarta buscar outras siglas. "Não temos nenhuma restrição aos partidos que concordam com o nosso projeto de governo. A exceção é aqueles que discordam, que votaram contra na Assembleia Legislativa", comenta, descartando diálogo com o PDT, por exemplo, um antigo aliado peemedebista.