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Publicada em 26 de Fevereiro de 2018 às 19:18

Uso de dados gerados por celulares a favor dos resultados

Marcelo Violento, direto da IBM

Marcelo Violento, direto da IBM

Marlova Martin/Divulgação/JC
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Mauro Belo Schneider
Mauro Belo Schneider Editor-executivo
O comportamento dos clientes nas plataformas digitais das marcas gera dados a todo instante. É possível ver a que horas é realizada a compra do consumidor, qual o artigo preferido da pessoa e a forma de pagamento que ela usa com mais frequência, por exemplo. Mas, o que fazer com toda essa informação para gerar ainda mais venda e fidelidade?
O comportamento dos clientes nas plataformas digitais das marcas gera dados a todo instante. É possível ver a que horas é realizada a compra do consumidor, qual o artigo preferido da pessoa e a forma de pagamento que ela usa com mais frequência, por exemplo. Mas, o que fazer com toda essa informação para gerar ainda mais venda e fidelidade?
Marcelo Violento, diretor da IBM na Região Sul, diz que os consumidores deixaram de ser estatísticas simplesmente, do tipo se é homem ou mulher, acima ou abaixo de 45 anos. Os dados os tornaram indivíduos únicos. Como consequência, as empresas podem entender mais de cada pessoa de forma muito particular. E tudo isso a partir do rastro deixado pelo celular ou computador.
"Preciso saber o que faço com esse dado, como uso de forma inteligente e não invasiva, para falar ao cliente que o perfil dele é esse e talvez isto faça sentido. Existe um novo verbo, que é cognir: transformar o entendimento dos dados em informação e cognição. É um salto de tecnologia", considera.
Na empresa onde trabalha, a IBM, foi desenvolvido o Watson, uma ferramenta que faz exatamente esse papel. Gera maior conexão e cognição entre a população. Ela pode ser embarcada em um aplicativo, site ou chatbox. "Os dados podem ser entendidos pelo ser humano e pela máquina a ponto de eles conseguirem trocar informações e chegar até uma conclusão", detalha.
O Watson é um dos modelos de ferramentas cognitivas, mas há várias outras. Funciona assim: uma empresa de transporte pode dizer qual o percurso preferido do passageiro, pode interagir para entender melhor qual o horário que o usuário sai de casa, quando volta e qual o local que visita mais, por exemplo.
"Gera um conhecimento analítico que será importante para o usuário e também para o motorista. Os dados estão lá dentro. Nós, quando consumimos pela internet ou qualquer tipo de serviço, estamos gerando dados. O entendimento analítico para criar cognição a partir daquele entendimento é vital para melhor usar os dados. Senão, eles ficam parados e não geram informação", analisa.
Violento afirma que o Brasil é um país avançado em termos de tecnologia devido ao sistema financeiro ser muito digitalizado. Para o futuro, ele prevê maior uso da computação quântica. "Você vai necessitar de capacidades muito maiores de processamento para poder ter, em tempo real, o tamanho de informação processada que estamos gerando hoje em dia."

Interpretação de informações made in Brazil

Existem soluções de interpretação de dados ganhando o mundo com a assinatura brasileira. Criada em 2002, em Santa Catarina, a Neoway já é uma das maiores companhias de Big Data da América Latina, com clientes em Nova Iorque e Portugal.
Todo ano, na primeira semana de março, a marca promove uma conferência no hotel Costão do Santinho, chamada Data Driven Business (DDB). O ex-tenista Gustavo Kuerten, inclusive, é embaixador da Neoway, em consonância com a popularização do termo big data.  
O negócio possui mais de 300 colaboradores, é parceiro da Endeavor desde 2013 e, em 2017, fechou sua terceira rodada de investimentos, conhecida no mercado como Series C.
Atualmente, a Neoway atende instituições financeiras, fornecedores de telecomunicações e de seguro saúde, além de um dos maiores bancos de investimento nos Estados Unidos.

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