Paulo Brito dispensa apresentações. Ele é autor de jargões repetidos Rio Grande do Sul afora, como "
tudo belezinha" e "
feitooo". O comunicador narrou, por 40 anos, jogos de futebol nas telas da RBS TV e da Band, povoando o imaginário dos gaúchos com sua voz no meio esportivo. "Estou com 56 anos, com toda bala ainda", diz ele, sobre a decisão de empreender.
Em janeiro, lançou seu novo projeto. Ou, melhor, seu novo negócio. "Não falo projeto porque projeto é algo que se faz para testar. E isto já é uma realidade", sentencia. Brito se refere a sua Central de Imprensa, estrutura montada na beira da praia de Capão da Canoa e que, após o dia 3 de março, começará a ser planejada para funcionar em Gramado.
O local foi aberto para receber jornalistas de todo o Estado em busca de um lugar para trabalhar. E com um detalhe: de forma gratuita. Há estúdios de rádio e TV montados, com microfones, internet, ar-condicionado, linha telefônica, secretária e outros atrativos. Em troca, os profissionais devem citar em suas produções os patrocinadores que apoiam Brito.
Uma das empresas que apostou na ideia do comunicador foi a que montou o espaço. "Uma construção rápida, feita de steel frame (estrutura popularmente usada nos Estados Unidos), que custou R$ 200 mil. A marca já vendeu várias casas, pois as pessoas vêm aqui e se apaixonam. Fizeram meu estúdio em nove dias", elogia.
Além da exposição de marca e distribuição de brindes, Brito usa a Central de Imprensa para promover shows. "Faço tipo um programa de auditório, entrevisto as pessoas", descreve ele, feliz com a liberdade que está conquistando através de suas próprias jogadas.