Depois de um 2017 driblando a crise, empresários de comércio e serviços do Rio Grande do Sul chegam neste fim de semana a Nova Iorque, nos Estados Unidos, ansiosos para ver de perto as inovações da
#NRF2018, a maior feira de varejo do mundo. O plano é captar tendências, conhecer in loco o que os varejistas e marcas de ponta estão fazendo e adaptar o que for possível para a realidade local.
“Venho em busca de informação e tendência”, resume Sidimar Remussi, que é lojista e fabricante em vestuário. É a estreia de Remussi na NRF, evento da National Retail Federation – Federação Nacional do Varejo. No visor do empresário estão temas que desafiam o dia a dia. Desde como melhorar o atendimento e engajar mais funcionários ao que está abalando o ponto físico – que é o crescimento vertiginoso das vendas virtuais. “De 25% a 30% das vendas já são pelo e-commerce.
Precisamos saber como lidar com este canal”, diz Remussi. Além de visitor a feira de 14 a 16, ele e colegas de missão organizada por Sebrae e Sindilojas Porto Alegre, também terão três dias de visitas a varejos em Nova Iorque para conhecer soluções, questionar implementação de inovações e comparar experiências. Remussi espera que na volta para casa tenha algumas estratégias para deenvolver ações que turbine 2018.
“Temos de recuperar a queda de 2017. Tem muito otimismo no ar para isso”, assegura o empreendedor. O empresário tem ainda outra missão na viagem. Como preside a Associação do Polo da Moda da Serra Gaúcha e coordrna o Arranjo Produtivo Local (APL) da moda na serra, Remussi vai colher tudo que a mente e celular puder registrar e, na volta para casa, transmitirá seu conhecimento a colegas de setor que estão em 38 municípios de sua região. “São 1.1 mil empresas, mais de 4 mil empregos somente no APL”, lista.
Retail – varejo, em inglês, não é só loja, produtos e etc. Proprietária de um centro de estética em Bento Gonçalves, Janete Gregio já é veterana em NRF. É a terceira vez que encara o evento. Portanto, está craque em varrer o centro de eventos e em enfrentar o inverno nova-iorquino, que este ano bate recordes históricos. “Mas a expecattiva é sempre alta. Volto também cheia de ideias e inspiração”, resume Janete um dia antes de pisar no Jacob K Javits palco da NRF.
A exemplo de Remussi, a empresária da área de beleza também tem na pauta a reversão da crise que se prolongou por três anos no Brasil. Mesmo com a adversidade, a dona da Jane Beauty, que existe há 15 anos, não está parada. Há dois anos montou um serviço para homens dentro do salão, que virou então centro estético e barbearia. Agora está criando uma fraquia, com apoio do Sebrae. Portanto, nunca foi tão essencial estar na maior feira de varejo do mundo.
“Vou olhar tudo, novidades em layouts de loja pela cidade, como fazem a comunicação, principalmente como interagem com as novas”, lista a empresária. Janete reforça que uma das prioridades é destrinchar as formas de conectar o negócios com a clientele mais jovem. Entre as suas dúvidas, estão como entender este público, que canal eles preferem e o que esperam da experiência com o serviço. O tema de recursos humanos é um dos quatro temas de maior interesse da missão gaúcha. No seu negócio, são 40 profissionais, sendo que 70% são autônomos, perfil muito comum na área de salões. “Como fazer a gestão de pessoas, é um assunto prirotário”, diz.