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Publicada em 02 de Junho de 2017 às 11:34

Programas de pós-graduação crescem mais de 200% em quase duas décadas

Laplane classifica os números como "impressionantes", tendo em vista que nessas quase duas décadas o Brasil viveu muitas mudanças

Laplane classifica os números como "impressionantes", tendo em vista que nessas quase duas décadas o Brasil viveu muitas mudanças

ACERVO CGEE/DIVULGAÇÃO/JC
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"O sistema de pós-graduação que o Brasil construiu poderá nos ajudar a sair dessa crise. A educação é um dos segredos para encontrarmos melhores oportunidades", afirma Mariano Laplane, presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), responsável pelo livro Mestres e Doutores 2015: estudos da demografia da base técnico-científica brasileira. O material traz um retrato sobre programas de mestrado e doutorado no Brasil de 1996 a 2014. O resultado é surpreendente e revela o potencial brasileiro na área: os programas de mestrado continuam crescendo. Em 1996, existiam 1.187, enquanto que, no ano de 2014, chegava a 3.620, crescimento de 205% ao longo de 19 anos.
"O sistema de pós-graduação que o Brasil construiu poderá nos ajudar a sair dessa crise. A educação é um dos segredos para encontrarmos melhores oportunidades", afirma Mariano Laplane, presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), responsável pelo livro Mestres e Doutores 2015: estudos da demografia da base técnico-científica brasileira. O material traz um retrato sobre programas de mestrado e doutorado no Brasil de 1996 a 2014. O resultado é surpreendente e revela o potencial brasileiro na área: os programas de mestrado continuam crescendo. Em 1996, existiam 1.187, enquanto que, no ano de 2014, chegava a 3.620, crescimento de 205% ao longo de 19 anos.
Os cursos de doutorado também estão em alta. A média de crescimento foi de 6,5% no período de 1996-2014. Em 1996, existiam 630 programas de doutorado no Brasil e, no final do período de 2014, esse número estava em 1.954. De 1996 a 2014, o crescimento de programas de doutorado foi de 210,2%. E não foi apenas em quantidade que aumentou, as avaliações dos programas também subiram. De acordo com a pesquisa, entre 1998 e 2014, a proporção de programas de doutorado classificados com o nível mais alto da avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a nota 7, mais do que dobrou. No oposto, o número de programas classificados na menor nota que permite a manutenção do credenciamento do programa, a nota 3, caiu de 10,8%, em 1998, para 2,9%, em 2014. "As notas estão melhorando, e os processos de avaliação são feitos de forma independente", diz Laplane.
O professor classifica os números como "impressionantes", tendo em vista que, nessas quase duas décadas, o Brasil viveu muitas mudanças políticas, econômicas e trocas de governos. Conforme o livro, a expansão de títulos de doutorado concedidos no Brasil também foi extraordinária no período 1996-2014. No ano de 1996, foram outorgados 2.854 títulos de doutorado. Entre esse ano e 2014, houve um crescimento de 486,2% na concessão desses títulos no País. O aumento foi superior ao apresentado pelos títulos de mestrado no mesmo período (379,0%).
A diretora de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Rita Barradas Barata, conta que em 2016 foram recomendados 149 novos programas de pós-graduação stricto sensu contendo 159 cursos. Das 637 submetidas e analisadas, foram recomendadas 23,4%, percentual pouco inferior ao observado em 2015. As áreas de avaliação com maior demanda no ano passado foram Educação; Ensino; Administração Pública e de Empresas, Contabilidade e Turismo; Ciências Agrárias; Ciências Ambientais e Interdisciplinar. "Os pré-requisitos para a formulação de propostas são a existência de grupos de pesquisa ativos e produtivos que possam embasar um programa de pós-graduação e um corpo docente estável, com possibilidade de dedicação", explica ela.

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