O The Weiss British Pub, aberto desde abril em Porto Alegre, é um bar que aposta na Inglaterra como temática. O principal atrativo, no entanto, fica por conta de um toque suprarregional: as 40 torneiras com chopes artesanais produzidos apenas no Rio Grande do Sul, e outras duas de espumantes, também locais.
"O Rio Grande do Sul é autossuficiente na produção de cerveja artesanal. Não precisamos colocar chope de nenhum outro lugar", salienta o proprietário Gerson Weissheimer De La Corte, 54 anos. A ideia é que o pub se torne um ponto turístico da Capital para quem aprecia o roteiro etílico. "As cervejas gaúchas são muito boas", reforça.
Para se ter uma ideia, há muita cerveja sendo produzida aqui. Só a Associação dos Cervejeiros Artesanais do Estado do Rio Grande do Sul tem 270 membros ativos na Região Metropolitana. O pub fica na avenida Benjamin Constant, nº 1.173, ponto um pouco deslocado do usual eixo boêmio de Porto Alegre. A escolha se deu pela observação do comportamento da região. "Passei seis meses vindo aqui dia e noite", conta ele, que é também morador da zona Norte. Ele vê como diferencial a proximidade aos bairros Floresta, Higienópolis e Moinhos de Vento e, ainda, sugere aos interessados em abrir empreendimentos noturnos que investiguem a área. "Essa rua durante o dia está parada. À noite, ela é magnífica. Sobra estacionamento, as vias são largas e tem muita iluminação", ressalta.
Além disso, em todos os pratos - que têm origens inglesas e alemãs - são usados insumos gaúchos. Corte tem nas viagens a inspiração para seus bares - é dele também o quase homônimo The Weiss Pub, aberto em 2007 na Eudoro Berlink, nº 777, no bairro Auxiliadora. O objetivo inicial era ter um brew pub (bar com microcervejaria própria nos fundos).
O The Weiss British Pub opera todos os dias a partir das 18h, exceto aos domingos.
"Eu tinha o sonho de ser empreendedor, mas não tinha coragem", diz. Com uma demissão inesperada, veio a iniciativa. Queria ter um comércio, mas optou pela gastronomia pelo retorno mais imediato. A decisão de abrir outros também foi pensada através do risco. "A conta é simples. Quem tem um negócio não tem nenhum, porque pode acontecer alguma coisa e você ficar sem ele. Se você tem dois, aí é como se tivesse um. Porque se perder um tem o outro", opina.