Porto Alegre conta, há menos de um mês, com um hambúrguer feito de pão de queijo. O cliente escolhe os recheios, e a combinação tem a base e o topo preparados com a iguaria mineira.

O pão, aliás, vem mesmo de Minas Gerais (estado conhecida pela qualidade desses produtos), e é feito com queijo canastra. Esse, segundo o proprietário da Mark Hamburgueria, Mark Bandeira, 33 anos, é o diferencial. A consistência e o sabor do tipo de leite usado no queijo não se encontra no Rio Grande do Sul. E mais: é ideal para os intolerantes ao glúten. 

Quem traz o insumo direto da fonte mineira é Moreno Moraes, músico que toca toda quarta-feira no espaço de Bandeira - instalado na rua Joaquim Nabuco, 383, no bairro Cidade Baixa, há um ano e meio. “Eu fui a quarta hamburgueria a abrir na cidade. Hoje, com o aumento da concorrência, preciso me reinventar”, diz o empreendedor. Por isso, todos os meses uma novidade é incorporada ao cardápio.

Bandeira, que é formado em Administração de Empresas, com pós em Marketing e Gastronomia, diz que nunca tinha feito um hambúrguer na vida antes de se aventurar na Mark. A ideia inicial era abrir um bistrô. Como os hambúrgueres estavam na moda na época em que definia o plano de negócio, embarcou na ideia.

“Dá para inventar muito no hambúrguer”, comenta. O leque é tão amplo que na Mark o cliente encontra até burger de feijoada (que pode ser pedido com pão de queijo!). Entre os itens da opção estão bacon, pasta de feijão, couve crisp e molho de laranja. Há, ainda, a alternativa vegetariana. 

Além de receber o incentivo do irmão, Ricardo, que já é empresário, e do pai, Marco, Bandeira traz influências do exterior ao seu negócio. Ele morou em Nova Iorque, em 2003, onde trabalhou como cozinheiro.

Os custos do lanche com pão de queijo variam entre R$ 19,90 e R$ 37,90, de acordo com a composição do sanduíche. Fora o queijo e embutidos, nenhum ingrediente é industrializado.

O investimento inicial para abrir a Mark foi de R$ 150 mil. Já houve meses em que o faturamento atingiu R$ 80 mil. Hoje, está na base dos R$ 40 mil, por conta da baixa de movimento do início do ano. A decoração foi pensada pelo próprio Bandeira, com a ajuda de familiares.

Para breve, o empreendedor pensa em ampliar os negócios: quer abrir uma filial. Entre as opções de bairros, estão o Bom Fim ou Bela Vista. Apesar das boas expectativas, Bandeira diz que é necessário cautela. “É preciso esperar a febre dos hambúrgueres passar. Daqui a pouco, apenas os bons vão ficar”, sugere, comparando o boom do mercado com o que aconteceu no segmento de sushis. A casa abre de terça-feira a sábado, das 18h30min às 23h30min.