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Publicada em 06 de Maio de 2024 às 10:26

Duas abas estão abertas no dique do Bairro Sarandi para evitar desmoronamento

São duas mil hectares de terra banhadas por água no Sarandi

São duas mil hectares de terra banhadas por água no Sarandi

Carlos Fabal/AFP/JC
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Fabrine Bartz
O dique do bairro Sarandi, que represa o Rio Gravataí, sofreu um vazamento neste final de semana. Conforme a prefeitura de Porto Alegre, neste momento, o dique está nivelado com o lago Guaíba. Embora não esteja extravasando, a região segue alagada e o cenário será semelhante nos próximos dias. As vilas Minuano, Farroupilha, Respeito e Elizabeth estão alagadas porque são locais atingidos pelo dique da Sarandi e pelo dique atrás da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). São duas mil hectares de terra banhadas por água na região. Em coletiva neste domingo (5), o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, esclareceu que “foram deixadas duas abas abertas, porque os engenheiros entenderam que era melhor deixar a água vazar de forma parcial do que fechar o dique de forma total. Dessa forma, ele poderia desmoronar”.
O dique do bairro Sarandi, que represa o Rio Gravataí, sofreu um vazamento neste final de semana. Conforme a prefeitura de Porto Alegre, neste momento, o dique está nivelado com o lago Guaíba. Embora não esteja extravasando, a região segue alagada e o cenário será semelhante nos próximos dias.

As vilas Minuano, Farroupilha, Respeito e Elizabeth estão alagadas porque são locais atingidos pelo dique da Sarandi e pelo dique atrás da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). São duas mil hectares de terra banhadas por água na região. Em coletiva neste domingo (5), o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, esclareceu que “foram deixadas duas abas abertas, porque os engenheiros entenderam que era melhor deixar a água vazar de forma parcial do que fechar o dique de forma total. Dessa forma, ele poderia desmoronar”.

A prefeitura faz um apelo para que a população saia do local. Ao todo, 58 abrigos estão disponíveis em Porto Alegre para a população afetada pelas chuvas. Destes, 15 são da prefeitura. Neste domingo (5), mais de 6 mil pessoas estavam nestes locais. Referente a população em situação de rua, Melo argumentou que foi realizado um remanejo devido ao incêndio na pousada Garoa. “O que posso dizer é que tem pessoas que rejeitam o acolhimento, porque, às vezes, há vagas e elas não são preenchidas”.

Duas forças-tarefas estão em andamento na Capital, uma no Sarandi e outra no Humaitá. No Sarandi, uma das regiões mais afetadas, a força-tarefa está sob coordenação do ex-secretário de Serviços Urbanos, Marcos Felipi, e do secretário municipal de governança, Lucas Vasconcellos. Já no bairro Humaitá, a força-tarefa está sob comando do vice-prefeito Ricardo Gomes. “É uma cooperação entre a Brigada Militar, o Corpo de Bombeiros e o exército nacional, além de centenas de voluntários”, complementou Gomes. O acesso ao local também está limitado. Até agora, não há um número de quantas pessoas precisam ser resgatadas.

Neste momento, apenas duas das seis estações de bombeamento estão funcionando - que deixa 70% de Porto Alegre sem água. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), juntamente com a CEEE Equatorial, percorrem trechos da cidade para energizar a estação de bombeamento São João. Por isso, a necessidade de racionamento. A prefeitura busca empresas de outras regiões do país para trazer um gerador, segundo o diretor-geral do Dmae, Maurício Loss. “Quase perdemos a estação do Menino Deus, devido a elevação do guaiba - que agora se apresenta estável, variando entre 5 metros e 28 centímetros e 5 metros e 30 centímetros”, complementa.

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Referente a doações, a prioridade das doações segue colchões, roupas de cama, água e produtos de higiene. As aulas na capital gaúcha também estão suspensas por três dias.

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