Porto Alegre,

Publicada em 07 de Maio de 2024 às 00:30

Nível das águas deve levar 60 dias para baixar em Canoas

Em algumas localidades, nível de água está em 5 metros

Em algumas localidades, nível de água está em 5 metros

/PREFEITURA DE CANOAS/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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João Dienstmann
Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, afirmou que a água nos bairros mais atingidos da cidade só deve baixar totalmente em 45 a 60 dias. O modelo foi apresentado pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e pela Metsul. O município da Região Metropolitana tem mais de 180 mil pessoas fora de casa e cerca de 60% do território tomado pela água.
Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, afirmou que a água nos bairros mais atingidos da cidade só deve baixar totalmente em 45 a 60 dias. O modelo foi apresentado pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e pela Metsul. O município da Região Metropolitana tem mais de 180 mil pessoas fora de casa e cerca de 60% do território tomado pela água.
De acordo com ele, a altura da água em bairros como o Mathias Velho atinge 5 metros de profundidade. A área oeste do município, mais próxima do Trensurb, é a mais afetada. As operações de resgate, de acordo com Jairo Jorge, estão no final, seja pela número de pessoas resgatadas, seja pelos demais moradores que se recusam a deixar as residências. Cerca de 80 mil casas e comércios foram atingidos nas regiões oeste e leste de Canoas.
"Além da água que invadiu os bairros, há muito volume represado nos diques. O que recebemos do IPH e da Metsul é de que água só deve baixar totalmente entre 45 a 60 dias. Os locais que foram atingidos por primeiro serão os últimos a se restabelecerem", disse Jairo Jorge. Ele complementou com a informação de que diques nos bairros Mathias Velho e Rio Branco teriam rompido em alguns trechos, mas que a confirmação só pode ocorrer após a redução do nível das águas.
Ainda na coletiva, o prefeito de Canoas elencou medidas que a cidade vai tomar para atender as pessoas ilhadas e quem chega aos abrigos. Quatro centros para resgatados serão criados. Atualmente, a cidade tem 16,7 mil pessoas fora de casa. Além disso, um local exclusivo para abrigar crianças será montado na avenida Inconfidência, 721, na Escola Vó Babali.
Quanto ao abastecimento de água, 38 caminhões-pipa estão em operação para hospitais, abrigos e áreas residenciais. Em três dias, serão abertos poços artesianos para ajudar em Canoas. Uma das prioridade da prefeitura é retomar o funcionamento estação de tratamento de água do bairro Niterói. Com todas essas medidas, a prefeitura estima que 80% da cidade estará normalizada.
Na saúde, o Hospital de Pronto Socorro está sem atendimento. A UPA da Mathias Velho também está fora de operação, assim como três farmácias municipais e 19 das 27 unidades básicas de saúde estão desativadas. Três hospitais de campanha serão implementados - um deles já anunciado pelo governo federal e dois coordenados no Hospital Nossa Senhora das Graças e no Hospital Universitário. Nos próximos dias para auxiliar no atendimento. Equipes de saúde da família já foram convocadas a atuar nesses locais.
Outro tema abordado foi a segurança. Com relatos frequentes de assaltos aos voluntários que trabalham nas áreas de resgate, a Guarda Municipal, Brigada Militar e Polícia Civil reforçaram o efetivo para manter a segurança nos trabalhos, tanto de dia quanto à noite. A prefeitura confirmou que vai contratar, também, segurança privada para atuar nos abrigos.
Sobre doações, a prefeitura centraliza todas as contribuições no prédio da Cassol Centerlar, na avenida Farroupilha, 5775, bairro Marechal Rondon. Agora, um ponto na avenida Getúlio Vargas, próximo ao viaduto da Metrovel, será criado para a entrega dessas doações. 

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