A empresa fruto da combinação da Bayer e da Monsanto terá receita anual de R$ 15 bilhões no Brasil. Desse faturamento, 80% virá da divisão agrícola, disse Liam Condon, presidente da divisão Crop Science da empresa alemã.
A Bayer finalizou a compra da Monsanto por US$ 63 bilhões em 7 de junho, mas só poderá integrar a empresa quando concluir a venda de parte dos ativos para a Basf, exigência de reguladores para aprovar a operação. A expectativa é que isso ocorra em agosto. O Brasil será o segundo maior mercado para divisão após a fusão, atrás da Basf, e o primeiro em crescimento.
Condon explicou a decisão de abandonar a marca Monsanto, que tem uma percepção ruim junto à opinião pública. "Fizemos pesquisas e a marca Bayer tem presença positiva em todos os mercados que atua. Não podemos dizer o mesmo sobre a Monsanto", disse o executivo. Ele lembrou ainda que a própria Monsanto considerou mudar o nome no passado.
Sobre o projeto de lei em discussão no Congresso para mudar as regras de aprovação de agrotóxicos, Gerhard Bohne, diretor de operações de Crop Science no país, afirmou que Bayer defende que todos os órgãos responsáveis avaliem novos produtos, mas aprova prazos mais curtos para a aprovação de novos produtos. "Produtores têm apoiado a modernização porque há uma necessidade", disse.