Na semana passada, fui à tribuna da Assembleia Legislativa e chamei a atenção para um problema que prejudica todos os brasileiros: o preço dos combustíveis. A gasolina, o etanol, o diesel e o gás subiram, nos últimos cinco anos, mais que o dobro da inflação. É do Congresso Nacional e do governo federal a competência para encontrar os mecanismos que contenham este descontrole.
Porém, como deputado estadual e mesmo como cidadão brasileiro, não posso deixar de fazer a minha parte pressionando, cobrando, exigindo providências imediatas. Encher o tanque do carro virou uma espécie de luxo. A situação é ainda mais grave a quem vive do transporte. Motoristas de táxi ou de aplicativos, motoboys, serviços de entregas, vans escolares. O maior impacto acontece no caso dos grandes usuários de diesel, como os caminhoneiros e as empresas transportadoras de passageiros ou cargas. O problema vai além dos marcadores da bomba no posto de abastecimento. A subida descontrolada no preço desequilibra os orçamentos em todos os lares, mas também desestrutura empresas e prestadores de serviços. Além da perda imediata no poder aquisitivo do cidadão que precisa abastecer o carro da família ou na rentabilidade do empreendedor que utiliza o diesel, o repasse continuado dos custos ao consumidor final reverbera numa longa cadeia estoura lá na ponta, no caixa do supermercado ou da loja, pois tudo depende do transporte.
Os argumentos de quem deve responder pela crise são muitos, mas não podemos nos satisfazer com eles. Não é justo que um País com tantas riquezas naturais fique à mercê das altas do dólar ou do petróleo no mercado internacional. Como não é justo que o cidadão honesto, que paga seus impostos e cumpre todas as suas obrigações, seja penalizado pelos descaminhos da Petrobras. Precisamos evitar que o colapso, justo neste momento em que milhões de famílias mal começam a se recuperar de uma das severas crises econômicas. Façamos nossa parte: não nos acomodemos.
Deputado estadual (MDB)