O Brasil deixou de ser o país do futuro para ser o do presente. As premiações internacionais contribuem para consolidar os vinhos brasileiros não só lá fora, mas no mercado interno também. A opinião é de Juliano Perin, ex-presidente e membro do Conselho da Associação Brasileira de Enologia, sobre as recentes conquistas dos rótulos brasileiros.
O que representam estes prêmios para a indústria do vinho?
O Brasil, nos últimos anos, vem apresentando bons resultados. Esse reconhecimento promove a qualidade do vinho brasileiro, especialmente no mercado interno. É, de certa forma, um aval qualitativo, porque as degustações acontecem às cegas, o que é muito interessante e surpreende.
Qual é o momento do vinho brasileiro?
Em termos de produção, a evolução é muito boa. Cada vez temos produtos mais elaborados, competitivos e representativos. A uva e o vinho se adaptam, e isso proporciona que o Brasil descubra novos potenciais em regiões que nem poderia imaginar.
O que deve surpreender?
Manter a qualidade quem sabe seja mais importante do que as novidades. É um desafio manter-se num bom patamar. Espumantes e vinhos brancos, por exemplo, já mostram seu potencial. Safra após safra, devemos ir melhorando.
Premiações impactam o consumo?
O consumidor se mostra mais interessado pelo vinho. Quer saber mais sobre os rótulos. As premiações não trazem repercussão imediata. A medalha é importante, mas, mais do que isso, é preciso consolidar o trabalho.